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O BESOURO ALARANJADO COM DESENHOS GEOGRÁFICOS.

Graphosoma lineatum, o inseto listrado italiano.



Alguns autores consideram G. lineatum e G. italicum como duas espécies diferentes, outros as tratam como subespécies ou formas de cor geográficas: G. lineatum, com pernas laranja, está presente no sul da Itália, na Sardenha, no norte da África e no Próximo Oriente, enquanto G. italicum, de pernas negras, é distribuído mais para o centro e norte da Europa.

Graphosoma lineatum pode atingir um comprimento de 8-12 milímetros. O corpo é quase redondo, com um grande escudo. A cor básica do corpo é vermelho brilhante, com listras longitudinais pretas largas. O pronoto tem seis faixas pretas. As antenas são pretas. Também os lados dos segmentos abdominais são vermelhos com muitas pequenas manchas pretas. As pernas podem ser pretas ou vermelhas, dependendo da subespécie.

As cores de advertência negros indicam que os insetos são sujos, protegendo-os dos predadores. As ninfas não têm o padrão vermelho-preto da listra mas são na maior parte acastanhadas ou cinzentas.



O BESOURO TIGRE PREDADOR.

Cylindera filigera conhecido como besouro-tigre pelos seus hábitos predatórios.



Cylindera filigera é uma espécie de besouro tigre da subfamília Cicindelinae . 
Besouros têm um comprimento variando de 0,8 a 8 cm a cor é azul metálico. É notavelmente uniforme na aparência, com pernas longas, mandíbulas poderosas e oval para carapaça oval alongado. O besouro tigre é, portanto, normalmente, à primeira vista a reconhecer como tal. O tórax e abdômen são claramente separados, as pernas são construídas em execução. Têm asas e músculos de voo bem desenvolvida, e pode voar bem. Os adultos, que se caracterizam pelos movimentos rápidos (alguns atingem cerca de 8 km/h de velocidade, à escala humana daria algo como 480 km/h), caçam diretamente as suas presas. Algumas tropicais vivem em árvores, mas a maioria vive junto ao chão, em zonas costeiras, praias lacustres, dunas arenosas, urzais, caminhos junto a áreas arborizadas, etc. Ele prefere pegar suas vítimas no chão, mas também é um habilidoso inseto alado que pode abater qualquer coisa do seu tamanho em pleno voo. Suas mandíbulas afiadas são capazes de decepar partes do corpo de outros insetos como trituradores. 

Os ovos são geralmente depositados sobre o solo entre as plantas, mas também em madeira podre e fungos. As larvas da cylindera, de corpo esbranquiçado, cabeça grande, mandíbulas fortes e dorso encurvado, vivem em buracos cilíndricos e profundos onde capturam as presas que se aventuram na entrada.







A LIBÉLULA DROPWING VIOLETA.


Trithemis annulata é uma espécie de libélula muito comum na África. Embora possa ser ameaçada localmente por perda de habitat, parece estar aumentando em abundância, no entanto, não há preocupações.

Trithemis annulata-Macho                Trithemis annulata-Fêmea 


Conhecido geralmente como a Dropwing violeta, darter marcada-violeta, é uma espécie de libélula da família Libellulidae. Encontra-se na maior parte da África, no Oriente Médio, na Península Arábica e no sul da Europa. Estes insetos são chamados de asas caídas por causa de seu hábito de abaixar imediatamente suas asas após aterrar em uma vara. Os machos desta espécie são violeta-vermelhos com veias vermelhas nas asas enquanto as fêmeas são amarelo e marrom. Ambos os sexos têm olhos vermelhos.

Trithemis é uma espécie adaptável, e os adultos são capazes de tolerar uma gama de habitats, incluindo pastagens semi-árido. Eles podem ser vistos voando perto de rios lentos, em pântanos e também ao lado de lagoas de água parada. Às vezes são vistos em habitats de água salobra, embora não esteja claro se eles realmente se reproduzem em água salgada. As larvas desenvolvem-se rapidamente, assim que estas libélulas são capazes de fazer uso de corpos d'água temporários para a reprodução. Os machos são frequentemente vistos empoleirados nos galhos de arbustos à beira-mar e em rochas ao sol, mas à noite ou quando o sol está obscurecido, eles se movem em árvores.
A fêmea T. annulata é comum depositar seus ovos voando sobre a superfície e mergulhando a ponta de seu abdômen na água. As larvas se desenvolvem em água onde eles são predadores agressivos. Os adultos também são predadores, usando sua excelente visão para detectar presas e suas pernas para segurar e transportar suas vítimas.



INSETOS DA ORDEM DAS VESPAS, ABELHAS E FORMIGAS.

Himenópteros (vespas, abelhas e formigas)



A ordem Hymenoptera é um dos maiores grupos dentre os insetos, compreendendo as vespas, abelhas e formigas. Possui atualmente cerca de 115 000 espécies descritas. As espécies deste grupo apresenta dois pares de asas membranosas, sendo que as asas anteriores são maiores do que as posteriores. Alguns grupos, como as formigas operárias e as vespas da família Mutilidae, perderam secundariamente as asas.

As fêmeas possuem um ovipositor típico que permite a perfuração do hospedeiro ou acessar locais inacessíveis, estando muitas vezes modificado em um ferrão. Pode ser até 6 vezes maior do que o comprimento do corpo em diversos grupos, ou tão curto que é dificilmente visível. O desenvolvimento é do tipo holometabólico (metamorfose completa), que apresenta os estágios de ovo, larva, pupa e adulto.

O grupo inclui uma impressionante diversidade de formas, tamanhos e hábitos de vida. Os maiores himenópteros podem alcançar cerca de 15 cm de comprimento, tais como as vespas caçadoras da família Pompilidae, marimbondos da família Vespidae e vespas parasitoides da família Ichneumonidae. Os menores são as vespas da família Trichogrammatidae, que podem ter apenas 1 mm de comprimento.

Do ponto de vista humano, a ordem Hymenoptera é provavelmente a mais benéfica de toda a classe dos insetos. As abelhas são os mais importantes agentes polinizadores da natureza, fundamentais para a existência de milhares de espécies vegetais, muitas delas importantes para o homem. As abelhas são ainda exploradas para produção de mel, ainda um produto importante e, até tempos recentes, única fonte de açúcar em alimentos. As formigas constituem grande parte da biomassa de ecossistemas naturais; de fato, em florestas tropicais, o peso das formigas em conjunto é quatro vezes maior do que o de todos os vertebrados terrestres (mamíferos, aves, répteis e anfíbios) juntos. São agentes ambientais da maior importância, fundamentais na reciclagem de nutrientes, controle de espécies nocivas e revolvimento do solo. As vespas parasitoides são fundamentais no controle de insetos fitófagos, que de outro modo seriam capazes de promover a extinção da maioria das espécies vegetais.




INSETOS DA ORDEM DOS BESOUROS, ESCARAVELHOS, JOANINHAS E GORGULHOS.

Coleópteros (besouros, escaravelhos, joaninhas e gorgulhos)


Coleoptera constitue uma ordem de insetos popularmente conhecidos como besouros ou besoiro, mas também escaravelhos, joaninhas, gorgulhos entre outros. Como uma referência a uma importante característica dos besouros: um par de asas anteriores rígidas, conhecidas como élitros, que protegem como um "estojo" as asas posteriores, que são membranosas e delicadas. 

A ordem Coleoptera possui o maior número de espécies dentre todos os seres vivos, cerca de 350 mil, sendo portanto o grupo animal mais diversificado existente. Dentre os seus representantes mais conhecidos estão as joaninhas, os besouros-rinocerontes, os gorgulhos, os escaravelhos, os besouros-serra-pau, os vaga-lumes, os salta-martins e os potós. A maior família dentro da ordem coleoptera (e também dentre todo o reino animal) é a família Curculionidae, com mais de 50.000 espécies diferentes, que caracterizam-se pelo rosto comprido que possuem.

Os coleópteros apresentam uma enorme diversidade morfológica. Ocupam praticamente qualquer habitat, incluindo os de água doce, embora a sua presença em ambientes marinhos seja mínima. São na grande maioria animais fitófagos, o que torna alguns besouros verdadeiras pragas de culturas, como é o caso de certos besouros-da-cana, por exemplo. Outros, como as joaninhas, são vorazes predadores de afídeos (pulgões) e, portanto, desempenham um papel importante no combate a estas pragas.







INSETOS DA ORDEM DOS PERCEVEJOS, AFÍDEOS E CIGARRAS.

Hemipteros (percevejos, afídeos e cigarras)



Hemiptera é uma ordem de insectos que inclui entre 50 000 e 80 000 espécies, sendo comum citar-se 67 500 espécies conhecidas, entre as quais alguns dos grupos mais comuns e conhecidos de insetos sugadores, entre os quais as cigarras, cigarrinhas, afídios e bichos-frade.


A característica anatómica definidora dos hemípteros, que os distingue dos outros insetos, é a presença, tanto na forma adulta como nas formas ninfais, de peças bucais adaptadas à perfuração e sucção, formando uma longa "tromba" ou "bico" designado porrostro (frequentemente referido pela designação latina rostrum). Esta estrutura bucal resulta da inclusão das mandíbulas e maxilas num labium modificado para formar o "rostro", uma probóscide capaz de perfurar tecidos (geralmente tecidos vegetais) e sugar líquidos (na maior parte dos casos, seiva).

Ainda que a maioria seja fitófaga e se alimente de seiva e outros sucos produzidos por plantas, algumas espécies são hematófagas(alimentam-se de sangue) de outros animais e outras são entomófagas (predadores de outros insectos) ou predadoras de pequenos animais pertencentes a diversos grupos taxonómicos, injectando um fluido digestivo nas suas presas e posteriormente sugando os tecidos liquefeitos.

Os hemípteros apresentam um ciclo de vida caracterizado por hemi metabolia, o que significa que não sofrem metamorfose entre as fases de larva e de imago (adulto). Em consequência, os seus juvenis, designados por ninfas, assemelham-se em muito aos adultos, pelo que a transformação final envolve pouco mais do que o desenvolvimento de asas funcionais (quando elas estão presentes no adulto) e a entrada em funcionamento dos órgãos sexuais. No processo de não há estado pupal como acontece nos insetos com ciclo de vida enquadrável na categoria de holometabolismo (entre os quais os Lepidoptera, Coleoptera, Diptera e Hymenoptera).
Muitos afídios são partenogénicos durante parte do seu ciclo de vida, com as fêmeas a produzirem ovos não fertilizados viáveis a partir dos quais emergem juvenis que são clones das suas progenitoras.





INSETOS DA ORDEM DAS MOSCAS E MOSQUITOS.

Dípteros (moscas e mosquitos)



A Diptera é uma ordem enormíssima que engloba aproximadamente um milhão de espécies, incluindo os moscardos, os mosquitos, as moscas-das-flores, entre outros, embora apenas cerca de 150.000 espécies tenham sido descritas. O primeiros dípteros conhecidos datam do Triássico Médio (há cerca de 240 milhões de anos), e disseminaram-se durante o Triássico Médio e Superior.

O seu ciclo de vida é holometabólico, isto é, que passa por várias fases morfológicas, que no caso da mosca são quatro: ovo, larva,pupa e fase adulta; os ovos são depositados numa fonte de alimento larval e as larvas, sem quaisquer membros, crescem num ambiente protegido, muitas das vezes dentro da sua própria fonte alimentar. A pupa consiste numa cápsula resistente da qual o adulto emerge assim atingir todo o seu desenvolvimento; a maioria das moscas têm uma vida muito curta depois de alcançarem a fase adulta. Algumas espécies completam este ciclo em poucos dias e outras num ou dois meses.

Os dípteros constituem uma das principais ordens de insectos e fazem parte de quase todos os ecossistemas, em todos os habitats terrestres. As consequências da sua presença no meio ambiente e na sociedade humana são de extrema importância. As moscas são importantes polinizadores, estando atrás apenas das abelhas e seus parentes himenópteros. Acredita-se que as moscas estejam entre os primeiros polinizadores responsáveis pelo começo da polinização das plantas na história da evolução. As moscas-das-frutas são utilizadas como organismos-modelo na ciência. Em contrapartida, tal como os mosquitos são vetores da malária, do dengue, da febre do oeste do Nilo, da febre amarela, da encefalite e outras doenças infecciosas, e a mosca doméstica é responsável pela transmissão de várias doenças através contaminação dos alimentos em que pousam; causam significativas perdas na produção de frutas e outros vegetais. As moscas podem ser extremamente irritantes, especialmente em algumas partes do mundo onde existem a grande número, zumbindo e pousando-se sobre a pele ou sobre os olhos para picar ou obter fluidos. As mosca com maiores dimensões, como a mosca tsé-tsé e bicheiras causam significativos prejuízos econômicos na indústria do gado.

As larvas de varejeiras, e outras larvas de dípteros costumam ser utilizadas na pesca como isco. As moscas servem também como alimento para animais carnívoros, como pássaros, rãs e outros répteis, morcegos, aranhas, e vários outros insectos. São também organismos muito importantes na reciclagem dos resíduos de origem animal e vegetal, um processo essencial para a permanência da vida na Terra. São também utilizadas em medicina na terapia de desbridamento de feridas para remoção do tecido necrosado.




INSETOS DA ORDEM DAS BORBOLETAS E MARIPOSAS.

Lepidópteros (borboletas e mariposas)




Lepidoptera (Lepidópteros) é uma ordem de insetos muito diversificada, que inclui as borboletas e um grupo chamado de traças em Portugal ou mariposas no Brasil. O grupo inclui insetos com dois pares de asas membranosas cobertas de escamas e peças bucais adaptadas a sucção. O ciclo de vida dos lepidópteros é holometabólico e engloba quatro etapas: ovo, larva (quando é especificado por lagarta), pupa (especificada como crisálida) e imago (a fase adulta).

Existe boa diversidade de formas e comportamentos dentre os lepidópteros. É comum em várias especies o uso de aposematismo,mimetismo e camuflagem (tanto na fase adulta quanta na larval) como meios de defesa contra predadores. Algumas também apresentam toxinas no corpo, sendo que no caso de algumas lagartas esta pode ser "injetada" em seus atacantes por meio de cerdas que o animal possui no dorso.

Algumas espécies possuem um tempo de vida extremamente curto quando chegam à fase adulta, em muitos casos apenas o necessário para a reprodução. Geralmente nestes casos, o animal adulto nem sequer se alimenta, possuindo o aparelho bucal atrofiado, sendo que acumulam toda a energia necessária para viver no estagio larval. As que se alimentam na fase adulta o fazem através da sucção de líquidos, geralmente o néctar de flores ou o sumo de frutos em decomposição. Muitas especies tem grande importância na polinização de diversas plantas.

Há cerca de 180 000 espécies de lepidópteros, classificadas em 127 famílias. Destas, seis estão em perigo crítico de extinção, 36 estão ameaçadas e 116 são consideradas vulneráveis. O Brasil é considerado o quarto pais com maior diversidade de lepidópteros do mundo, tendo cerca de 5000 especies conhecidas. Destas, 57 espécies são consideradas em risco de extinção.


Sistematicamente, a ordem é dividida em quatro subordens: Zeugloptera,Dachnonypha, Monotrysia e Ditrysia. Informalmente a ordem é dividida em dois grupos: Rhophalocera (borboletas) e Heterocera (traças/mariposas).

As 127 famílias se agrupam em 44 super-famílias de lepidópteros, das quais apenas duas (Hesperioidea e Papilionoidea) são consideradas Rhophalocera (borboletas), o que corresponde a cerda de 12% (cerca de 22.000 especies). As seguintes famílias são consideradas como borboletas: Hesperiidae, Papilionidae, Pieridae, Nymphalidae, Lycaenidae e Riodinidae. As restantes são designadas por traças/mariposas.










Orthoptera (Gafanhotos e Grilos)



Os ortópteros, são uma ordem de insetos que possuem as asas superiores retas e coriáceas, recobrindo as asas inferiores mais largas, dobradas no seu sentido longitudinal. Tais insetos possuem pernas posteriores longas e possantes, apropriadas para saltar, o aparelho bucal é mastigador. Pertencem a esta ordem os insetos conhecidos popularmente como grilos, gafanhotos, esperanças e paquinhas. O primeiro par de asas é tégmina, utilizadas para proteção, e o segundo par é de asa membranosa utilizada para vôo. As antenas são filiformes ou setáceas, o comprimento das antenas são características utilizadas para identificar algumas famílias. O primeiro par de pernas pode ser ambulatorial ou fossorial. 


A reprodução é geralmente sexuada e a maior parte das espécies é ovípara, embora existam espécies partenogenéticas. O desenvolvimento é por hemimetabolia (ovo, ninfa, adulto), o desenvolvimento das asas é do tipo exopterigota, sendo observado a teca alar nas formas jovens. As fêmeas podem apresentam ovipositor longo com aspecto de lâminas ou cilíndrico, porém há espécies com ovipositor muito curto. Algumas espécies possuem cercos longos. 

A maioria dos ortópteros apresenta tímpanos (órgãos auditivos) localizados de cada lado do primeiro urômero ou na base das tíbias anteriores. A maioria dos ortópteros produzem sons, o canto desses insetos é conseguido por estridulação, ou seja, atritando uma parte do corpo contra a outra. Em geral, somente os machos possuem órgãos estridulatórios. Os ortópteros em geral são de hábitos terrestres e fitófagos, sendo algumas espécies pragas de gramíneas, hortaliças, mudas de cafeeiro, de eucalipto etc.










INSETOS DA ORDEM DA LIBÉLULAS E LIBELINHAS.

Odonata (libélulas)



Odonata, abrangendo as libélulas (Anisoptera) e as libelinhas (Zygoptera). O Odonata formam um clado, que existe desde o Triássico .

As libélulas são geralmente maiores, e pousar com as asas estendidas para os lados e as Zygopteras têm corpos delgados, e mantem as suas asas sobre o corpo em repouso.

Odonatas são aquáticos ou semi-aquático como juvenis. Assim, os adultos são mais freqüentemente vistos perto dos corpos de água e são frequentemente descrito como insetos aquáticos. No entanto, muitas espécies variam longe da água. Eles são carnívoros ao longo da sua vida, principalmente se alimentando de insetos menores.

Odonata macho têm genitália complexos, diferentes daqueles encontrados em outros insetos. Estes incluem agarrar cercos para prender a fêmea e um conjunto secundário de órgãos copuladores no abdômen em que o esperma são realizadas depois de ter sido produzido por órgãos genitais primários. Para acasalar, o macho agarra a fêmea pelo tórax ou na cabeça e dobra seu abdômen para que seus próprios órgãos genitais pode ser apreendido pelos órgãos copuladores segurando o esperma. Os machos têm um órgão copulador no lado ventral do segmento abdominal em que armazena espermatozóides; eles se acasalam, segurando a cabeça do sexo feminino (Anisoptera) ou tórax (Zygoptera) com claspers localizados na ponta do abdômen masculino; a fêmea se inclina para a frente abdômen para tocar o órgão masculino e receber esperma. Esta é a chamada posição "roda".

Os ovos são colocados na água ou na vegetação perto de água ou em locais molhados, e eclodem para produzir embriões que vivem fora dos nutrientes que estavam no ovo. Eles, então, desenvolvem em estádios com aproximadamente 9-14 mudas que são (na maioria das espécies) vorazes predadores de outros organismos aquáticos, incluindo pequenos peixes . As ninfas crescem e mudam, geralmente ao anoitecer ou amanhecer, para os que voam adultos imaturos, cuja cor ainda não se desenvolveu. Esses insetos mais tarde se transformam em adultos reprodutivos.

Odonatas podem atuar como bioindicadores de qualidade da água em rios, porque dependem de água de alta qualidade para o desenvolvimento adequado no início da vida. Desde sua dieta consiste inteiramente de insetos, a densidade odonata é diretamente proporcional à população de presa, e sua abundância indica a de presas no ecossistema. A riqueza de espécies de plantas vasculares também foi positivamente correlacionada com a riqueza de espécies de libélulas em um determinado habitat. Isto significa que, em um local, tal como um lago, se encontra uma ampla variedade de odonatos, em seguida, uma forma semelhante ampla variedade de plantas também deve estar presente.





           

AS CARACTERÍSTICAS DA CLASSE INSECTA.


Os insetos são invertebrados com exoesqueleto quitinoso, corpo dividido em três tagmas (cabeça, tórax eabdómen), três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas antenas. Pertencem à classe Insecta e compõem o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda e, consequentemente, dentre todos os animais. A ciência que se dedica a estudar os insetos é conhecida como Entomologia.
Os insetos são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. Embora não haja um consenso entre os entomologistas, estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies diferentes, sendo que quase 1 milhão destas espécies já foram catalogadas. Os insectos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptaram à vida nos oceanos. Existem aproximadamente 5 mil espécies de Odonata (libelinhas), 20 mil de Orthoptera (gafanhotos e grilos), 170 mil de Lepidópteros (borboletas e mariposas), 120 mil de Dípteros (moscas), 82 mil de Hemipteros (percevejos, afídeos e 
cigarras), 350 mil de coleópteros (besouros) e 110 mil de Hymenópteros (abelhas, vespas e formigas).
Alguns grupos menores, com uma anatomia semelhante, como os colêmbolos, eram agrupados com os insectos no grupo Hexapoda, mas atualmente seguem um grupo parafilético Ellipura, tendo discussões filogenéticas relevantes no campo da biologia comparativa. Os verdadeiros insectos distinguem-se dos outros artrópodes por serem ectognatas, ou seja, com as peças bucais externas e por terem onze segmentos abdominais e principalmente pela presença do Órgão de Johnston. Muitos artrópodes terrestres, como as centopeias, mil-pés, escorpiões, aranhas, como também icroartrópodes colêmbolos são muitas vezes considerados erroneamente insectos.

        

O corpo dos insetos é formado por três regiões principais (denominadas tagmas): cabeça, tórax e abdome, uniformemente recobertas por um exoesqueleto.O exoesqueleto é uma cutícula resistente que recobre todo o corpo dos insetos e demais artrópodes. Nos insetos está formado por uma sucessão de camadas, de dentro para fora são: a membrana basal, a epiderme e a cutícula. A única camada de células é a epiderme; o resto são acelulares e são formados por algumas das seguintes substâncias: quitina, artropodina, esclerotina, cera e melanina. O componente rígido, a esclerotina, cumpre várias funções que incluem a proteção mecânica do inseto e o apoio dos músculos esqueléticos, através do chamado endoesqueleto. O exoesqueleto também atua como uma barreira para evitar a dissecação ou a perda de água.


A cabeça é a região anterior do corpo, em forma de cápsula, que contem os olhos, antenas e as peças bucais. A forma da cabeça varia consideravelmente entre os insetos para dar espaço aos órgãos sensoriais e peças bucais. A cabeça dos insetos está subdividida por suturas em um número de escleritos mais ou menos diferenciadas, que variam entre os diferentes grupos. Tipicamente há uma sutura em forma de um "Y" invertido, que se estende ao longo da frente e atrás da cabeça, bifurcando-se por cima dos ocelos para formas duas suturas divergentes, a qual se estendem mais abaixo nos lados anteriores da cabeça. A parte dorsal desta sutura (a base do Y) é chamada de sutura coronal e as bifurcações são as suturas frontais. Por outra parte, a cabeça dos insetos está constituída de uma região pré-oral e de uma região pós-oral. A região pré-oral, contém os olhos compostos, ocelos, antenas e áreas faciais, incluindo o lábio superior. Enquanto que a pós-oral contém as mandíbulas, as maxilas e os lábios. Internamente, o exoesqueleto da cápsula cefálica dos insetos se invagina para formar os ramos do Tentório que servem como pontos de ligação muscular.


      





A maioria dos insetos têm um par de olhos compostos relativamente grandes, localizados dorso-lateralmente na cabeça. A superfície de cada olho composto está dividida em um certo número de áreas circulares ou hexagonais, chamadas de omatídeos. Cada omatídeo é uma "lente" de uma única unidade visual. Além dos olhos compostos, a maioria dos insetos possui três olhos simples ou ocelos, localizados na parte superior da cabeça, entre os olhos compostos.

   
        


As Antenas são apêndices móveis multiarticulados. Se apresentam em número par nos insetos adultos e na maioria das larvas. Estão formadas por um número variável de artículos denominados antenômeros. O papel das antenas é predominantemente sensorial, desempenhando várias funções. A função táctil é a principal, graças aos pelos tácteis que recobrem quase todos os antenômeros; também desempenham uma função olfativa, proporcionada por áreas olfativas em forma de poros microscópicos distribuídas sobre a superfície de alguns antenômeros terminais. Também possui função auditiva e as vezes de fixação durante a cópula, para segurar a fêmea. São formadas por três partes: escapo, pedicelo e flagelo, sendo que as duas primeiras são únicas e uniarticuladas, enquanto que a terceira compreende um número variável de antenômeros.



 


As peças bucais são apêndices móveis que se articulam na parte inferior da cabeça, destinadas à alimentação que são as seguintes:
Labro: é um esclerito ímpar de forma variável com movimentos reduzidos (apenas para cima e para baixo); é o "céu" da boca e se articula com o clípeo. Em sua parte ventral ou interna está localizada a epifaringe, que não é uma peça livre, pois está levemente esclerotisada; sua função é gustativa.
Mandíbulas: são duas peças simples, dispostas lateralmente abaixo do labro, articuladas, resistentes e esclerotisadas. Sua função é mastigar, triturar ou dilacerar os alimentos. Em alguns insetos adultos podem faltar sendo totalmente ausentes ou vestigiais na maioria dos lepidópteros e efemerópteros.
Maxila em número par, estão situadas atrás das mandíbulas. Articuladas na parte lateral inferior da cabeça, são peças auxiliares durante a alimentação. Possuem um palpo maxilar cada uma.
Lábio: é uma estrutura ímpar resultado da fusão de dois apêndices, situada abaixo das maxilas e que representa a parte inferior da boca; apresenta dois pequenos palpos labiales.



         



O tórax é a região mediana do corpo e contém as patas e as asas (em alguns insetos adultos não há asas e em muitos imaturos e alguns adultos não há patas). O tórax está composto por três segmentos, protórax, mesotórax e metatórax. Cada segmento torácico tem tipicamente um par de patas e no pterotórax (meso- e metatórax) um par de asas (quando estão presentes). Cada segmento torácico está composto de quatro grupos de escleritos: o noto dorsalmente, as pleuras lateralmente e o esterno ventralmente. Em cada lado do tórax há duas aberturas em forma de fendas, uma entre o pro e o mesotórax e a outra entre o meso e metatórax. Estas são os estigmas e são as aberturas externas do sistema traqueal.
 As patas dos insetos se encontram sempre localizadas no tórax. Estes tem cinco segmentos por pata: coxa, trocânter, fêmur, tíbia etarso, estando os tarsos divididos em subseções chamadas tarsômeros. Também podem estar presentes a garra tarsal.
As asas dos insetos são evaginações da parede do corpo localizados dorso-lateralmete entre os notos e as pleuras. A base da asa é membranosa, isto permite o movimento do voo. As asas dos insetos variam em número, tamanho, forma, textura, nervação e na posição em que são mantidas em repouso. A maioria dos insetos adultos tem dois pares de asa, situadas no meso e metatórax; alguns, como os dípteros, têm apenas um par (sempre situado no mesotórax) e alguns não possuem asas (pro exemplo, formas ápteras dosafídios, formigas operárias, pulgas etc.). Na maioria dos insetos as asas são membranosas e podem conter pequenos pelos ou escamas; em alguns insetos as asas anteriores são engrossadas, coriáceas ou duras e em forma de "vagem", essa estrutura é conhecida como élitros (presente nos coleópteros). Os percevejos têm o primeiro par de asas engrossado em sua base, a este tipo de asas denomina-se Hemiélitros. Os ortópteros e baratas, entre outros insetos primitivos têm o primeiro par de asas estreitas e com a consistência de um pergaminho, estas recebem o nome de tégminas. As asas membranosas são usadas para voar, enquanto as endurecidas, como os élitros, hemiélitros e tégminas, servem de proteção ao segundo par de asas que é membranosa e também ao abdome.