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O BESOURO LAGRIA PRODUZ SONS CONHECIDO COMO ESTRIDULAÇÃO PARA SUA AUTO DEFESA.

Lagria villosa


Lagria villosa é um besouro Tenebrionidae de origem africana tropical e subtropical que é invasor na América do Sul. Os besouros vivem em simbiose com uma cepa da bactéria Burkholderia gladioli , que produz um policetídeo que protege os ovos do besouro contra infecções fúngicas e também bacterianas. A substância, lagriamida , é estruturalmente semelhante a bistramidas como a bistramida A , que têm funções defensivas semelhantes em tunicados marinhos.

Esses besouros têm um corpo macio e alongado e uma cabeça e tórax marrom ou preto brilhante. Os éltras relativamente alongados são marrom-amarelados e cobertos por pêlos finos e densos. O resto do corpo também é peludo, mas eles são menos visíveis. As antenas, a parte inferior do corpo e as pernas são pretas. Os olhos são notavelmente grandes e redondos. As antenas são compostas por onze segmentos. O éltra das fêmeas é mais estendido para trás do que nos machos e o abdômen da fêmea parece mais largo que nos machos. O macho, além de seu corpo mais esguio, se distingue das fêmeas por seus olhos maiores e pelo comprimento do último segmento das antenas, que é quase o dobro do segmento correspondente na fêmea. As asas traseiras são transparentes.

O estágio do ovo é quando o bicho capixaba inicia sua vida. Os ovos são geralmente depositados em locais protegidos e variam em cor. Os ovos são pequenos e discretos, servindo como estágio de desenvolvimento para o embrião dentro.
Durante o estágio larval, o bicho capixaba tem a aparência de um verme e se alimenta continuamente para suportar o rápido crescimento. Este estágio é caracterizado por várias mudas, onde a larva aumenta em tamanho e complexidade a cada muda.
Ao entrar no estágio de pupa, o bicho capixaba passa por uma transformação dentro de um casulo protetor. Ele é imóvel, com grandes reorganizações internas ocorrendo. A pupa pode exibir mudanças de cor conforme o desenvolvimento prossegue.
Ao emergir da pupa, o desenvolvimento do adulto bicho capixaba é marcado pela presença de asas e órgãos reprodutivos funcionais. O corpo está completamente formado e endurecido, e o adulto é móvel, focando na reprodução.

 O Lagria pode produzir uma variedade de sons através de um processo conhecido como 'estridulação', comumente usado como mecanismo de defesa.


 

A COSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO DOS INSETOS POLINIZADORES, ESPECIALMENTE AS ABELHAS.


O Dia Mundial da Abelha


O Dia Mundial das Abelhas foi estabelecido pela ONU durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 2017 e é comemorado todo dia 20 de maio desde 2018. Esta data comemora a importância dos seres polinizadores e procura sensibilizar-nos para as ameaças que as abelhas enfrentam. Pretende-se valorizar a sua importância para o equilíbrio do ecossistema, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.

Abelhas e outros polinizadores como borboletas, morcegos e beija-flores estão sob ameaça crescente de atividades humanas.

A polinização é um processo crucial para a sobrevivência dos ecossistemas e quase 90% de todas as espécies selvagens de flores e outras plantas dependem totalmente, ou em parte, da polinização animal ao lado de mais de 75% de todas as plantações de alimentos do mundo, além de 35% da terra agricultável do planeta.

Para aumentar a conscientização sobre a importância dos polinizadores, as ameaças que eles enfrentam e seu papel para o desenvolvimento sustentável, a ONU criou o Dia Mundial com a meta de fortalecer medidas de proteção das abelhas e outros polinizadores.

Essas ações poderiam ajudar a resolver problemas relacionados à cadeia global de alimentos e a eliminar a fome em países em desenvolvimento. Todos dependem dos polinizadores para monitorar o declínio e conter a perda de biodiversidade.

Nas Nações Unidas, a celebração do Dia Mundial da Abelha começou na sexta-feira com um evento em Roma, sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, transmitido pela internet.

A cerimônia chamou a atenção para os riscos de uma produção intensa de monocultura e o uso impróprio de pesticidas que são uma ameaça séria aos polinizadores.

Sem polinização, não temos produção de alimentos. Em Santa Catarina, o impacto econômico da apicultura vai muito além da produção de mel. Ele se reflete no ganho de produtividade de culturas como maçã, pera e ameixa, graças ao trabalho de polinização das abelhas.

Polinização de plantas alimentícias

Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revelam que 70% de todas as culturas agrícolas são polinizados por abelhas, estima-se que grande parte dos alimentos consumidos pelos seres humanos são produtos do processo de polinização desses insetos.

Polinização de matas nativas

A ação das abelhas no meio ambiente também colabora para a preservação das matas nativas, já que 85% das plantas de matas e florestas são polinizadas por esses insetos. Na Mata Atlântica, por exemplo, 90% das espécies vegetais são polinizados por abelhas.

As abelhas estão desaparecendo? Por quê?

Ações humanas como desmatamento, uso de pesticidas e mudanças climáticas ameaçam a alimentação, a habitação e a sobrevivência direta desses insetos. Recentemente, uma denúncia feita pelo pesquisador e biólogo Antônio F. Carvalho, em um estudo no Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), em Santa Teresa, revelou outro risco aos animais: o tráfico online de abelhas. Segundo a publicação, a transferência dos insetos de seu hábitat para regiões não nativas facilita a disseminação de parasitas e predadores, o que contribui ainda mais para o desaparecimento da espécie.


A MARIPOSA ASCALAPHA É UM INSETO INDISPENSÁVEL NA BIODIVERSIDADE DAS REGIÕES ONDE VIVE.

Mariposa-bruxa (Ascalapha odorata)




É a única espécie de mariposa pertencente ao gênero Ascalapha, da família Arctiidae, a mariposa-bruxa é um lepidóptero (ordem que inclui borboletas e mariposas), popularmente conhecida no Brasil como Bruxa em virtude das cores sombrias de suas asas. 

Sua presença é fundamental para a manutenção da biodiversidade das regiões onde vive. De acordo com a especialista em Entomologia do Laboratório de Coleções Zoológicas do Butantan, Natália B. Khatourian, as bruxas são essenciais para a conservação da biodiversidade, já que não só servem de alimento para outros bichos, como também ajudam na polinização. “Mariposas, a depender da espécie, acumulam pólen em partes do corpo, como nas asas, e o dispersam durante o voo.”

É um inseto holometábolo, que realiza uma metamorfose completa em quatro estágios (ovo, larva, pupa e fase adulta), e que privilegia as plantas das quais se nutre para colocar os ovos após a fecundação. A sua alimentação é rica e varia entre néctar, pólen, líquidos de frutos, folhas de leguminosas, excretas e resinas vegetais.

É bem difícil encontrar uma mariposa-bruxa voando por aí durante o dia, já que esse bicho apresenta hábitos noturnos, é por isso, inclusive, que ela possui coloração mais escura: para se camuflar à noite.

Pode não parecer à primeira vista, mas há muitas diferenças entre a mariposa-bruxa fêmea e o macho. A fêmea é um pouco maior, podendo chegar a 24 cm de largura, enquanto o macho alcança até 12 cm. Outra distinção perceptível é uma exclusiva e sutil linha branca lateral nas asas da fêmea.

Macho e fêmea também possuem variações nos padrões de cor. “A fêmea, a depender da espécie, pode ser mais parda e escura. Já o macho pode ficar mais colorido. Eles se identificam enquanto espécie através de feromônios, danças e outros meios”.

As Mariposas-Bruxa acasalam o ano todo com gerações sobrepostas. A expectativa de vida dos adultos é especulada em cerca de 3 ou 4 semanas. Quando as fêmeas engravidam, iniciam a busca por plantas hospedeiras para depositarem os ovos, que são de coloração escura. Após a eclosão as lagartas irão se alimentar da planta onde foram depositados os ovos. A pupa é lisa e de coloração escura, medindo cerca de 4cm de comprimento.


 

AGLOSSA, A MARIPOSA DOS GRÃOS ARMAZENADOS

Aglossa caprealis, Pyralidae



Aglossa caprealis é uma espécie de insetos lepidópteros, mais especificamente de traças. Aglossa caprealis, a mariposa dos grãos armazenados, é uma espécie de mariposa da família Pyralidae . É encontrada globalmente, embora sua distribuição nativa seja presumivelmente a Eurásia ocidental ou regiões próximas, como em outras espécies de Aglossa. A envergadura é de 23–27 mm. A mariposa voa de junho a agosto, dependendo da localização. As larvas se alimentam de resíduos secos de plantas, grãos (por exemplo, milho ), feno , palha e estrume em decomposição . Às vezes, comem até carcaças de animais, sebo, banha, torresmo e outros materiais gordurosos .




O BESOURO COLORIDO DAS ROSEIRAS.

Carocha (Rutela lineola), Coleóptero




Rutela lineola é uma espécie de besouro da subfamília Rutelinae e família Scarabaeidae. É muito comum no Brasil, onde se alimenta de várias espécies de plantas cultivadas. Entre os nomes populares, pode ser chamado de carocha ou carochinha. Os indivíduos adultos são herbívoros e as larvas se alimentam de madeira em diferentes estágios de conservação de madeira podre até postes de Eucalipto.

Esses besouros exibem variações de cores entre indivíduos, sendo as cores básicas preto com tons de amarelo, laranja, branco ou vermelho. Adultos de Rutela lineola alimentam-se de madeira podre e flores. Suas larvas são xilófagas. São distribuídos no Brasil (estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia e Peru. No Brasil, são popularmente conhecidos por "besouros-da-roseira" pois são comumente vistos se alimentando de flores, especialmente, mas não limitado, das flores de Rosaceae, Vitis sp. e Passiflora. Esses besouros são membros da família Scarabaeidae, subfamília Rutelinae e tribo Rutelini. As larvas normalmente desenvolvem-se dentro do alburno de Eucalyptus, pupando dentro do mesmo. A emergência ocorre nos meses de Outubro e Novembro e os adultos são ativos durante o dia. Sua importância na natureza é percebida através dos seus hábitos alimentares, atuando como importantes decompositores naturais de matéria orgânica vegetal.









UM INSETO PARECIDO COM O BARBEIRO QUE NÃO CAUSA DOENÇAS, O PERCEVEJO-PREDADOR.

Percevejo-predador (heza sp), hemíptero




Heza sp. (Reduviidae: Harpactorinae), predador benéfico com mais de dez espécies diferentes no Brasil. Os quatro espinhos o torna bem distinto de um barbeiro. Este é um percevejo, ele é um inseto benéfico que, vivo, pode parecer um barbeiro quando entrar em casa, de modo que é bom coletar o bicho vivo e soltá-lo fora, tomando cuidado com manuseio, por que pode picar e vai doer, mas não transmite doenças.


















GORGULHO QUE NÃO VOA E SEU CORPO É RESISTENTE AO PREDADOR.

Pachyrhynchus argus, coleóptero.



É uma espécie de gorgulho da família Curculionidae. É um pequeno gorgulho preto, com anéis no élitro. Esta espécie pode ser encontrada nas Filipinas, tem coloração aposemática. Eles não voam, com élitra completamente fundido. Os ovos são inseridos nos tecidos das plantas. As larvas então se desenvolvem e se alimentam dentro dos caules das plantas hospedeiras.

O padrão de diversificação nesse gênero sugere dispersão de trampolins. Supõe-se que esses insetos que não voam, mas seu corpo é sólido e muito resistente, que provavelmente o protege dos predadores se dispersam de uma ilha para outra transportando em suas plantas hospedeiras. Isso poderia ser facilitado pelo estilo de vida dos ovos e das larvas, que aborrece a madeira, bem como pela cavidade do ar sob o élitra fundido que ajuda os adultos a flutuar. No entanto, experimentos com Pachyrhynchus sugerem que a sobrevivência de adultos na água fresca, salobra ou marinha,é baixa (a maioria morreu em 12 horas e nenhum indivíduo sobreviveu por mais de 40 horas). Por outro lado, as larvas que vivem em Barringtonia asiatica o fruto é mais alto, com uma fração de larvas sobrevivendo a seis dias de exposição à água do mar e emergindo com sucesso quando adultos. Isso sugere que os ovos e as larvas são os estágios dispersivos primários em Pachyrhynchus.

O PERCEVEJO QUE SOLTA UMA TOXINA PELO APARELHO BUCAL DEIXANDO AS PLANTAS SEM PRODUTIVIDADES.

Nezara viridula (Percevejo-da-soja) Hemiptera


Conhecida pelo nome comum de percevejo-da-soja, é um percevejo da família dos pentatomídeos, de ampla distribuição no Brasil. Tais insetos possuem coloração verde, clareando na parte ventral.

Este inseto não transmite doença nociva ao homem e prejudica frutos e leguminosas em cadeia de plantações. São conhecidos assim por exalarem um odor desagradável quando se sentem ameaçados.

Durante o ato da alimentação, os percevejos injetam toxinas nos grãos e nos orifícios deixados pelo aparelho bucal dos insetos, penetram microorganismos que determinam o chochamento dos grãos causando depreciação do produto no ato da comercialização. Além disso, as toxinas atingem as plantas determinando uma redução em sua produtividade.
                                                                                                                                   Nezara adulto
Cosmopolita. Multivoltino. Passam por diapausa no inverno na fase adulta. Depositam os ovos no dossel das plantas hospedeiras, principalmente, sob as folhas ou estruturas de frutificação. Os ovos na primavera e no outono desenvolvem-se de 2 a 3 semanas, mas no verão levam apenas 5 dias. Os ovos são depositados em massas que vão de 30 a 130 ovos por massa. Ninfas de primeiro ínstar não se alimentam e formam aglomerados. Ninfas de segundo e terceiro instar também mantêm-se aglomeradas, mas dispersam se perturbadas. Ninfas de quarto e quinto estádio não se agregam. A taxa de desenvolvimento de ninfa a adulto depende da temperatura e da qualidade nutricional. Temperatura ideal: cerca de 30 °C quando a fase de desenvolvimento das ninfas for de 23 dias e cerca de 20 ºC quando for de 8 semanas aproximadamente. As glândulas abdominais desempenham papel de defesa contra predadores. Podem copular por alguns minutos a alguns dias. São mais prevalentes durante os períodos de outubro a dezembro e em março e abril. Podem ter até quatro gerações por ano em climas quentes.


Ninfas de primeiro ínstar 

O INSETO PÉS DE FOLHAS QUE É UMA PRAGA DO MARACUJAZEIRO.

Percevejo do maracujá (Diactor bilineatus) Hemiptera











O adulto apresenta nas pernas traseiras expansões em forma de folhas, é de coloração verde-escura, possui três linhas alaranjadas que vão da cabeça até o escutelo e apresenta 20 mm de comprimento. A postura é realizada na face inferior das folhas.

Essa espécie de percevejo é considerada como praga importante para a cultura de maracujá. As únicas espécies conhecidas como hospedeiras do inseto pertencem ao gênero Passiflora. As fêmeas colocam os ovos na face inferior das folhas, em grupos que variam de 6 a 9 ovos. O período de incubação dura entre 13 e 16 dias. Durante o desenvolvimento, as ninfas passam por 5 estádios ninfais até alcançar a fase adulta, em um período que dura de 43 a 46 dias. A época de maior incidência da praga é entre os meses de janeiro e maio. A longevidade dos adultos é de 30 dias. Todo o ciclo de vida completa-se em cerca de 2 meses. Tanto os adultos quanto as ninfas alimentam-se sugando a seiva da planta, podendo atacar qualquer parte da planta. As ninfas têm preferência por alimentar-se nos botões florais, flores e frutos.Normalmente encontrados em campos e campos de colheita que contém Passiflora sp.. Podem ser encontrados em ambientes suburbanos.


O nome científico Diactor bilineatus, foi descrito por um pesquisador chamado Fabricius no ano de 1803. Pertence a família Coreidae e mesmo sendo tão pequeno é uma grande dor de cabeça para aqueles que cultivam maracujás. Esses percevejos são as principais e mais severas pragas do maracujazeiro adulto. Eles prejudicam o vegetal por serem fitófagos, ou seja, sugam a seiva das partes tenras das flores, frutos, ramos e botões florais. Vivem exclusivamente maracujazeiro e tanto os adultos como as suas formas jovens sugam a seiva dos botões florais e frutos novos, e os adultos atacam também as folhas, ramos e frutos de qualquer idade, causando o maior prejuízo.













O GAFANHOTO QUE PRODUZ SOM SEMELHANTE AO DO GRILO.

Esperança (Microcentrum sp.) Orthoptera


Os insetos da família Tettigoniidae são comumente chamados de katydids (na Austrália, África do Sul e Estados Unidos) ou grilos. Conhecido como Esperança ou gafanhoto de chifres longos, este inseto produz som, e é ouvido geralmente à noite. O som produzido pelas esperanças difere da dos grilos pois parece um som estridente e não musical. Já o canto dos grilos é musical. As cigarras produzem som semelhante ao das esperanças porém as primeiras são diurnas. As esperanças alimentam-se de diversas espécies de plantas e não são economicamente importantes, isto é, não causam prejuízo à lavoura. Eles têm hábitos noturnos e acasalamentos estridentes. Muitos katydids exibem imitação e camuflagem, geralmente com formas e cores semelhantes às folhas.

A vida adulta da esperança só dura um verão. Quando chega o inverno, ela morre por causa do frio. Mas no fim do outono, antes de morrer, a fêmea põe ovos na terra, e estes conseguem sobreviver no frio do inverno. Na primavera, os filhotes da esperança, ou ninfas, emergem dos ovos. Durante todo o verão, as esperanças comem e crescem. Os de cor verde ou esverdeada podem ser divididos em dois grupos: os de antenas mais longas que o corpo e os de antenas mais curtas.

Tettigoniids são encontrados em todos os continentes, exceto na Antártica. A grande maioria das espécies de katydid vive nas regiões tropicais do mundo. Por exemplo, a floresta tropical da bacia amazônica é o lar de mais de 2000 espécies de katydids. No entanto, são encontrados em regiões temperadas frescas e secas, com cerca de 255 espécies na América do Norte .




AS FORMIGAS CORTADEIRAS TRABALHAM EM DIFERENTES FUNÇÕES.

Formiga-cortadeira (Atta), hymenóptero 



Insetos sociais encontrados exclusivamente nas regiões tropicais e subtropicais das Américas. Estas extraordinárias formigas desenvolveram um avançado sistema agrícola baseado num mutualismo: elas se alimentam de um fungo específico (Lepiotaceae, Basidiomycota), que cresce nas câmaras subterrâneas de seus ninhos. As formigas cultivam ativamente seu fungo, fornecendo fragmentos vegetais frescos e controlando organismos indesejados, como outros tipos de fungos (competidores). Segundo alguns autores, quando as formigas trazem acidentalmente folhas tóxicas ao fungo mutualista, este secreta uma substância química que serve de aviso para quê as formigas não coletem mais este vegetal.
No Brasil, as formigas do gênero Atta são conhecidas popularmente como saúvas. Dependendo da espécie, a população de um ninho adulto pode conter até vários milhões de formigas (exemplos: Atta laevigata, Atta texana, Atta sexdens), sendo que a maioria destas são operárias fêmeas estéreis. Elas são divididas em diferentes castas, principalmente pelo tamanho, exercendo diferentes funções. As maiores operárias, cuja principal tarefa é defender o ninho de invasores, mas podem participar de outras tarefas como carregar ou cortar objetos maiores. Em Atta laevigata, os maiores soldados podem ter um comprimento corporal de até 16 mm e largura de cabeça de 7 mm! Operárias com largura de cabeça em torno de 2 mm são as forrageiras, que cortam as folhas e levam-nas até o ninho. Um pouco menores são as operárias generalistas, que realizam diversas tarefas como limpar e preparar os fragmentos vegetais para o cultivo do fungo, cuidar das larvas, limpar a colônia, e, junto com as forrageiras, ajudar os soldados na defesa da colônia. As menores operárias, são as jardineiras, que implantam e cuidam da cultura de fungo.

Os ninhos adultos de Atta são verdadeiras maravilhas de engenharia, com centenas ou milhares de câmaras subterrâneas distribuídas em até, por exemplo, 6 ou 8 metros de profundidade (depende da espécie de formiga e do solo). Externamente, o monte principal de terra pode ter até 2 metros de altura e os montes secundários (menores) podem estar espalhados a vários metros do principal. Alguns autores sugerem que a arquitetura interna e externa do ninho é construído de tal forma que o vento entre na colônia, com a finalidade de quê o gás carbônico gerado pela respiração das formigas e do fungo, seja dispersado; bem como para repor o oxigênio consumido. O crescimento do fungo mutualista seria influenciado pela concentração destes gases.

As colônias de formigas cortadeiras, assim como as cidades humanas, produzem grandes quantidades de lixo. Para prevenir que doenças (das formigas) ou pragas da cultura do fungo mutualista, se espalhem pela colônia, as formigas desenvolveram um dos mais avançados sistemas de manejo de lixo da natureza. Rejeitos do cultivo do fungo e indivíduos mortos são separados e carregados por operárias especializadas (só fazem estas tarefas). Estes rejeitos são depositados em câmaras específicas para lixo, aonde vivem operárias especializadas em revirar estes rejeitos (provavelmente para acelerar a decomposição). Desta forma, a especialização de operárias no manejo de lixo e o isolamento do lixo em câmaras especializadas, servem para manter a colônia saudável. Na espécie Atta colombica, diferentemente das demais, o lixo é depositado em pilhas externas (ao ar livre), a alguns metros da colônia.




Formigas operárias cortando folhas para levar aos seus ninhos.


A BELA CIGARRINHA CONSIDERADA PRAGA PARA AS PLANTAS.

Cigarrinha-listrado doces (Graphocephala coccinea), hemíptero


Espécies de cigarrinhas coloridas nativas para Norte e América Central, do Canadá ao sul para o Panamá. Os adultos de G. coccinea medem 6,7-8,4 mm de comprimento e têm listras azuis (ou verdes) e vermelhas (ou vermelho-alaranjadas) nas asas e a parte superior do tórax combinada com coloração amarelo brilhante na cabeça, pernas, abdômen , e em outro lugar.

Os adultos da cigarrinha emergem tipicamente na primavera e depois do acasalamento, depositam os ovos nas veias, brotos e caules das folhas. Demora cerca de 10 dias para as ninfas eclodirem e começarem a metamorfose. Os hemípteros têm metamorfose incompleta, com as almofadas das asas da ninfa se tornando maiores entre os instares. A idade adulta é freqüentemente alcançada em 12 a 30 dias e geralmente uma geração é produzida por ano, embora até seis tenham sido registradas. cigarrinhas são distribuídas em todo o mundo (exceto na Antártida) e podem ser encontradas em qualquer lugar com vegetação. Eles são mais freqüentemente associados com plantas cultivadas, uma vez que são consideradas pragas. As cigarrinhas se alimentam de xilema e seiva do floema das plantas. Sua alimentação pode causar danos pela descoloração das folhas, interferindo no transporte de líquidos na planta, causando folhas enroladas e raquíticas e disseminando doenças.



CONHEÇA O BELO GAFANHOTO QUE PASSA POR VÁRIOS ESTÁGIOS IMATUROS.

Lanternfly manchado ( Lycorma delicatula ), hemíptero 



É um gafanhoto que é nativo da a China, Índia e Vietnã. Embora tenha dois pares de asas, salta mais do que voa. Suas plantas hospedeiras são uvas, e pinheiros. Em seu habitat nativo, é mantido sob controle por predadores naturais ou patógenos. Foi acidentalmente introduzido na Coréia em 2006 e desde então tem sido considerado uma praga.

Começando no final de abril até o início de maio, ninfas nascem de seus casos de ovos. Uma ninfa passa por vários estágios imaturos. No primeiro estágio é sem asas e parece preto com manchas brancas. Em seguida, ele cria manchas vermelhas além das manchas brancas. Em seguida, ele tem as almofadas das asas vermelhas e uma parte superior vermelha do corpo, antes de assumir a aparência adulta de cabeça preta e asas acinzentadas com manchas pretas. Ninfas não podem voar, então elas pulam ou rastejam para procurar plantas para se alimentar. As ninfas jovens parecem ter uma gama mais ampla de hospedeiros no início, o que diminui à medida que envelhecem. Já em julho, os adultos podem ser vistos. No outono, os adultos acasalam e põem ovos no final de setembro, até o início do inverno. Na sua nativa Indo malayan habitat eles vão colocar seus ovos de preferência na Árvore do Céu ( Ailanthus altissima ), que é uma árvore invasiva introduzida com metabólitos tóxicos. Acredita-se que esta escolha de hospedeiro tenha evoluído como mecanismo de proteção contra inimigos naturais. A lanterna colocará ovos sobre qualquer árvore de troncos lisos, pedra ou superfície lisa vertical, incluindo itens feitos pelo homem, como veículos, campistas, móveis de jardim, equipamentos agrícolas ou outros itens armazenados no exterior. As massas dos ovos contêm 30–50 ovos, cobertos por um depósito de cera marrom-amarelado, a caixa do ovo. A expectativa de vida da lanterna é de um ano. Centenas de lanternas se alimentam da seiva da Ailanthus altissima até que ela se enfraqueça e morre.











O BESOURO ESPECIALIZADO EM PLANTAS PARA O SEU ALIMENTO.

Cydianerus latruncularius, coleóptero. 


É um gênero de besouros, cydianerus está incluído na família curculionidae. Os curculios são besouros bem pequenos, caracterizados pelo fato de que a maioria das espécies é estendida a um chamado focinho. Na ponta dela, as mandíbulas e até as antenas do inseto estão presas ao exterior. Na maioria das espécies, as antenas podem ser dobradas em ranhuras de proteção ao longo dos cortes, quando o curculio escava. As cores são muito variadas dependendo da natureza, assim como do tamanho. Os maiores e mais coloridos filos são encontrados nos trópicos.

Quase todas as espécies são herbívoras de plantas e muitas são altamente especializadas na escolha de alimentos e comem apenas uma única planta. Outros são menos exigentes e comem vários diferentes. Alguns são classificados como nocivos. Portanto, eles são freqüentemente combatidos com inseticidas. No entanto, a maioria dessas espécies não parece estar ameaçada. 



UM INSETO QUE PEGA SUAS PRESAS EM PLENO VOO.

Deleproctophylla dusmeti, é um inseto da família dos falcões-borboleta.


Pertencente à planta de rede de ordem neuroptera, da família ascalaphidae. Estes ascaláfidos tem um voo rápido e inquieto, eles são caçadores formidáveis que pegam suas presas em voo, depois de perseguir -los de seus poleiros na vegetação. Os machos têm longas cercas em forma de garras no final do abdômen. As larvas vivem entre a liteira ou sob as pedras, e às vezes camuflam o corpo com vários resíduos. É uma espécie restrita no sudoeste da Europa.

UM INSETO COM FERRÃO IDÊNTICO A DO ESCORPIÃO.

Panorpa germanica, conhecida como mosca-escorpião.


Panorpa é um gênero de moscas-escorpião amplamente dispersas, especialmente no hemisfério norte. No entanto, eles não ocorrem no oeste dos Estados Unidos nem no Canadá. Panorpa germanica pertence a um pequeno grupo de insetos chamados escorpionetas. Os machos têm genitais aumentados que se parecem com o ferrão de um escorpião, o que explica o nome desse grupo. As fêmeas têm uma cauda mais curta e menor que os machos. Apesar da referência a escorpiões perigosos, não há necessidade de ter medo de moscas escorpiões, pois elas não picam ou mordem. Eles se alimentam de frutas e plantas podres principalmente e às vezes eles sugam insetos mortos. O nome Scorpionflies é um pouco enganador porque esse grupo de insetos não tem nada a ver com moscas reais (Diptera). As moscas reais têm um par de asas, enquanto as moscas do escorpião têm dois.

Existem apenas algumas espécies pertencentes ao gênero Panorpa. Na Holanda, quatro espécies são bastante comuns: Panorpa cognata, Panorpa vulgaris, Panorpa communis e Panropa germanica. Todos eles são muito parecidos uns com os outros, então você deve conhecer as características específicas para prestar atenção. É um pouco mais fácil identificar os machos porque seus genitais exibem pequenos detalhes que diferem por espécie. As fêmeas, no entanto, não podem ser separadas, inspecionando o seu conto, por isso temos de olhar para outras características, especialmente as manchas e padrões vãos nas asas. O Panorpa cognata é o primeiro e fácil de identificar pela sua cabeça vermelha, enquanto a cabeça é negra com todas as outras espécies. Panorpa germanica pode ser identificada pela ausência da faixa preta clara na asa e, em geral, menos padrões pretos nas asas.


                                                                                                                                  Panorpa germanica, fêmea

O INSETO QUE SE ALIMENTA DA SEIVA DE PLANTAS E ERVAS DANINHAS.

Inseto de folha, Acanthocephala terminalis em seu estado juvenil.


Os insetos fuleiros pertencem à família Coreidae, que também inclui insetos de abóbora e insetos similares. Embora nem todos os insetos nesta família se alimentem de abóbora ou tenham as seções peculiares em forma de folha em suas pernas traseiras que dão aos insetos com folhas, eles compartilham algumas características de união. Todos os insetos na família Coreidae tem antenas de quatro segmentos, uma membrana de asa dianteira coberta com muitas veias visíveis e uma cabeça mais estreita e muitas vezes mais curta do que o pronotum (segmento dianteiro e triangular localizado atrás da cabeça).

Esta espécie, Acanthocephala terminalis, é uma espécie muito comum de insetos coreidae e o único membro de seu gênero encontrado ao norte da Carolina do Norte. Relativamente pequeno para o seu gênero, os adultos podem atingir 20-22 mm.


Geralmente é encontrada na vegetação, especialmente em árvores e arbustos nas bordas das florestas ou em campos daninhosos. Tanto as ninfas como os adultos alimentam a seiva que eles sugam de várias plantas, incluindo o rhus typhina a uva do rio e as nozes de casca. Eles também são comumente encontrados em cinzas, olmos e tilins, bem como amoras e outros arbustos; No entanto, não há evidência definitiva de que eles se alimentem com essas plantas.

No final da primavera, esses insetos casam e fêmeas colocam ovos em anexo às folhas das plantas hospedeiras. Após a escotilha dos juvenis, eles passam por cinco estádios (muda) antes de se tornarem adultos. Quando eles foram lançados pela primeira vez, eles se assemelham a pequenas versões de corpos avermelhados de ninfa. Com cada muda, os insetos aumentam em tamanho e semelhança com o adulto até que, no quinto instar, quase alcançaram seu tamanho adulto e quase se assemelham ao adulto. No entanto, muitas das primeiras ninfas são bastante originais. Eles tendem a ter abdominais arredondados e planos franjados por uma franja esbranquiçada em ziguezague, que eles mantêm ao alto enquanto eles rastejam. Além disso, todas as pernas são um tanto achatadas e parecidas com folhas, em vez de apenas as duas traseiras (como é o caso dos adultos).
Uma vez que é maduro, esta espécie inverna como adulto, e vai se acasalar e colocar ovos novamente na primavera. 












                                                                                                                                                                                                                                                     Acanthocephala terminalis, adulto
                       

O BESOURO RARO DEVIDO À DESTRUIÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS.

Mormolyce phyllodes , conhecido como besouro-violino.



É uma espécie de besouro na família Carabidae (subfamília Lebiinae ). Os membros desta espécie podem atingir um comprimento de 2,4-3,9 polegadas. Esses besouros são bem conhecidos, e seu nome comum é derivado de sua forma peculiar, reminiscente de um violino. No habitat natural da espécie, seu corpo preto e / ou marrom liso, brilhante também se assemelha a uma folha morta que os ajuda a evitar predadores. Tanto os adultos quanto as larvas desta espécie são predatórios e alimentam-se das larvas de outras espécies de insetos.

Enquanto é larva, o besouro-violino rasteja vagarosamente pelo chão. Mas quando atinge seu tamanho adulto, ele sobe nas árvores e passa a viver numa fresta da casca. Mesmo grande, o corpo bem achatado lhe permite encaixar-se facilmente sob a casca. O besouro-violino sai do seu esconderijo assim que escurece e vai em busca de uma presa. Ele come lagartas, caracóis e, às vezes, outros besouros. À noite, é difícil enxergá-lo, pois ele é quase transparente e se movimenta com bastante agilidade. Infelizmente, o besouro,violino é muito raro, devido à destruição das florestas tropicais do sudeste da Ásia, onde vive. O curioso é que, lá, a madeira cortada destina-se em grande parte à produção dos pauzinhos que os orientais usam para comer.


O INSETO QUE EVITA PREDADORES COM SUA BELA CAUDA DE CERA.

Planthopper Nymph, cauda de cera.



No tempo entre incubação e tornando-se adultos crescidos, pequenas ninfas de planthopper colocam um show chamativo. Os planthoppers podem secretar uma substância cerosa de seu abdômen, o que resulta em caudas estranhas de fibra óptica. Essas decorações servem pelo menos dois propósitos: encorajar os predadores em vez de comê-los e ajudá-los a deslizar à medida que eles caem.
O planthopper move os fios cerosos em uma linha elegante. Ele se move sempre tão devagar antes de dar um grande salto, e pode fazer avançar os fios para um impulso extra enquanto está no ar.

Algumas espécies mantêm suas glândulas cera na idade adulta, mas outras não. As fêmeas de muitas espécies, no entanto, produzem cera para proteger seus ovos.

Sua existência está distribuída em todo o mundo. Classificados sob o grupo hemiptera, eles são cientificamente conhecidos como fulgoromorpha. Eles se alimentam principalmente de plantas, e apenas surpreendentemente poucos são considerados pragas.
Planthoppers são insetos que sugam sucos das plantas. Geralmente, esses sucos são os fluidos açucarados encontrados no floema, a coleção de tubos de plantas que transportam alimentos para cima e para baixo de uma planta. Sentado em uma planta sugando sucos durante todo o dia faz dele um alvo muito fácil, então os planthoppers muitas vezes imitam as folhas, de maneira semelhante à maneira como seus parentes próximos os treehoppers imitam espinhos e outros pedaços de plantas.










UM PERCEVEJO QUE É A PRAGA MAIS AGRESSIVA DAS PLANTAÇÕES.

Euschistus heros, percevejo-marrom-da-soja



É um inseto da família pentatomidae que ataca plantas. É conhecido por ser uma das mais agressivas pragas da cultura da soja. Causa prejuízos com sucção de seiva dos ramos, hastes ou vagens. Caso ataque vagens, pode causar prejuízos de até 30% do potencial produtivo.

Mede, quando adulto, 11 mm de comprimento, de coloração marrom, com uma meia-lua branca no final do escutelo e dois espinhos laterais no prototórax. Faz postura em fileira dupla de ovos. As ninfas apresentam-se de coloração clara logo após a eclosão, e mais tarde bem maiores, com o abdome de coloração verde-clara, e têm ainda duas manchas escuras no dorso.


Proveniente da América Tropical, estando mais adaptado aos climas quentes, sendo abundante do norte do Paraná ao Centro-Oeste do Brasil. Tem diapausa na palhada da cultura anterior, protegendo-se de parasitoides e predadores, por aproximadamente 7 meses, não se alimenta, mas consegue sobreviver das reservas de lipídeos, que foram armazenadas antes da diapausa.