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SOCÓ É UMA AVE NOTURNA PESCADORA.

Nycticorax nycticorax                                                                                                                                           
O socó-dorminhoco é uma ave da família ardeidae.
Conhecido também como garça-cinzenta, sabacu, savacu-de-coroa, taquari, dorminhoco, socó, guacuru ou guaicuru, garça-da-noite ou ainda savacu. O nome socó-dorminhoco deve-se ao fato de esta ave passar boa parte do dia dormindo, porém na verdade trata-se de uma espécie predominantemente noturna. é uma garça de médio porte encontrada em grande parte do mundo, exceto em regiões mais frias e na Australásia (onde é substituído por seu parente próximo, o Savacu-canela.

Apresenta o alto da cabeça e o dorso negros, asas cinzentas, olhos grandes e vermelhos, e duas ou três penas nucais brancas. O imaturo, que apresenta uma coloração marrom-clara malhada com tons mais escuros, pode ser confundido com o imaturo de socó-boi (Tigrisoma lineatum), que é maior e mais alongado, e com o de socó-boi-baio (Botaurus pinnatus), que mantém a coloração “carijó” mesmo quando adulto e apresenta bico e pescoço mais longos e finos. Mede cerca de 60 centímetros de comprimento. É interessante notar que esta espécie quando jovem apresenta uma cor amarelada nos olhos, que após adulta fica avermelhada.

O savacu fica parado na beira da água e espera para emboscar sua presa, principalmente de noite e no início da manhã. Ele se alimenta principalmente de pequenos peixes, crustáceos, sapos, insetos aquáticos, pequenos mamíferos e pequenos pássaros. Ele está entre as sete espécies de garça observadas usando isca para pescar; atraindo ou distraindo peixes jogando comida ou objetos flutuantes não comestíveis na água – um raro exemplo de ferramentas sendo usadas entre aves.

A época reprodutiva é entre setembro e janeiro. Ambos os sexos participam da construção do ninho, da incubação de até cinco ovos assincrônicos, de cor esverdeada ou verde-azulada, entre 21 a 24 dias, com os filhotes permanecendo entre 30 a 50 dias no ninho. Reproduz-se em colônias, em ninhos construídos entre 1 e 7 metros de altura. Geralmente nidifica em colônias mistas de tamanho e densidade variáveis. Os filhotes começam a nascer em novembro, culminando o abandono da colônia em meados de janeiro. O principal predador da colônia é o urubu, que preda os ovos no início da temporada e os filhotes no final.



 

UMA AVE INTELIGENTE, USA PEDAÇO DE PÃO COMO ISCA ASSIM ATRAIR O PEIXE PARA A ALIMENTAÇÃO.

Egretta alba

A garça-branca-grande, também conhecida apenas como garça-branca está entre as maiores garças, podendo ultrapassar 1m de comprimento e pesar 2kg. Seu corpo é completamente branco, com exceção de seu bico amarelo e suas patas e dedos pretos. É uma ave da ordem Pelecaniformes. É uma garça de vasta distribuição e pode ser encontrada em todo o Brasil.

Alimenta-se principalmente de peixes, mas pode consumir pequenos roedores, anfíbios, répteis e insetos (melhor dizendo, tudo o que couber em seu bico). Em pesqueiros aproxima-se muito dos pescadores para pegar pequenos peixes por eles dispensados, chegando a comer na mão. É muito inteligente e pode usar pedaços de pão como isca para atrair os peixes dos quais se alimenta. Engole às vezes cobras e preás. Aproxima-se sorrateiramente com o corpo abaixado e o pescoço recolhido e bica seu alimento, esticando seu longo pescoço. Há relatos de pessoas que afirmam que ataca ninhos de pequenas aves em áreas de mangue onde costuma se alimentar. Quando está caçando, avança em um ritmo bastante lento, em águas bastante profundas ou em terra seca, dependendo da presa procurada. Pode ficar parada, se necessário, por longos períodos. Sabe como usar uma perna para mexer a água e, assim, espantar a presa, que é capturada. A presa é arpoada com o bico, o que prova ser uma arma muito eficaz devido à rapidez do pássaro no relaxamento do pescoço.


É muito confundida com a garça-branca-pequena (Egretta thula), a qual pensam que são seus filhotes, porém são espécies distintas. Em época reprodutiva apresentam longas penas no dorso, chamadas egretas (característica que dá nome a um gênero de Ardeidae).


Pode aninhar-se sozinha, mas na maioria das vezes o faz em colônias, o ninho é uma plataforma solta feita de gravetos, caules de plantas aquáticas, com um metro de diâmetro em média e 20 cm de espessura. Os adultos adicionam material na periferia do ninho, até que os jovens voem. O mesmo ninho pode ser reutilizado no ano seguinte se tiver sobrevivido ao mau tempo. A fêmea põe 4 a 5 ovos lisos. A incubação dura 23 ou 24 dias, e é feita pelo casal.


Tem atividade diurna. À noite, reúnem-se em grande número nos dormitórios comunitários em árvores, localizadas em áreas com pouca ou nenhuma perturbação.


FRANDO-D'AGUA É UMA AVE QUE MERGULHA NO RIO PARA SE PROTEGER DOS PREDADORES.

Gallinula chloropus

O frango-d'água-comum é uma ave gruiforme da família Rallidae. Ave aquática das mais comuns em várias partes do Brasil, escasseia na floresta Amazônica e, surpreendentemente, não é muito frequente no Pantanal. Conhecido também como galinhola (Rio Grande do Sul), jaçanã-galo (Nordeste), peituda (Rio de Janeiro) e galinha-d'água. 

Mede aproximadamente 37 cm de comprimento. Apresenta um escudo facial vermelho, faixas brancas nos flancos, plumagem negra e patas amarelas. Os imaturos são castanho-escuros com abdome mais claro, sem o escudo facial vermelho.

Alimenta-se de uma grande variedade de material vegetal, além de pequenos animais aquáticos. Frequenta lagos, lagoas, canais, pântanos e também lagunas salobras. É ave migratória, deslocando-se para o norte durante o inverno austral.

O ninho é uma cesta coberta construída no chão em vegetação densa. A fêmea deposita entre 8 e 12 ovos. Pode haver uma segunda ninhada no ano, composta entre 5 e 8 ovos. A incubação dura aproximadamente três semanas e é realizada por ambos pais.

|Hábil nadador. Seu canto pode ser ouvido ao cair da tarde. Vive sozinho ou em pequenos bandos na beira dos banhados ricos em vegetação. Pode locomover-se de várias maneiras. Geralmente nada entre os juncos, comendo os insetos que encontra. Mas é também capaz de caminhar sobre folhas flutuantes. Ao menor sinal de perigo, ele corre pela superfície da água até atingir velocidade suficiente para levantar voo. Seu voo é lento e ele nunca se afasta muito da água. Mas sua segurança está mesmo no mergulho. Ele desaparece rapidamente das vistas do inimigo, nadando vigorosamente com as asas. Sobe à superfície para respirar e torna a mergulhar, imediatamente.














OS PARDAIS FORAM INSERIDOS NO BRASIL PARA COMBATER INSETOS TRANSMISSORES DE DOENÇAS.

Passer domesticus

Também conhecido como pardal, algumas das aves mais comuns no mundo. São pequenos pássaros com bicos grossos para comer sementes, e são na sua maioria de cor cinza ou marrom. Nativo no Velho Mundo, algumas espécies foram introduzidas por todo o mundo. É um dos pássaros mais comuns do planeta, tendo sua distribuição cosmopolita. Suas populações naturais são da Europa, no norte do Oriente Médio e no norte da África. Atualmente estes animais são encontrados em todos os continentes com exceção da Antártida. Recentemente foi registrado também no Japão. No Brasil, foi inserido intencionalmente com o objetivo de ajudar no combate a insetos transmissores de doenças. A colonização de pardais foi completa na década de 1990, quando foram encontrados pardais no Oiapoque, no extremo norte do Brasil; a colonização foi iniciada em 1960 na região sul. 

Esses pássaros constroem seu ninho desordenado, que, dependendo da espécie e da disponibilidade no local do ninho, pode ser em um arbusto ou árvore, em um orifício natural numa árvore. Bota até oito ovos e é incubado por ambos os pais, normalmente por 12 a 14 dias, mas pode chegar de 14 a 24 dias. 

Se alimentam principalmente de sementes, embora também consumam pequenos insetos, especialmente no período de reprodução. Algumas espécies, como o P. griseus procuram comida em torno das cidades e são quase onívoros. A maioria das espécies são gregários e formam bandos substanciais. O macho apresenta a plumagem mais escura, o bico preto e uma mancha preta na garganta cujo tamanho é variável e indica seu status de dominância em relação aos outros pardais machos. A fêmea é mais clara e apresenta uma listra supraciliar.


OS ESTORNINHOS SÃO PÁSSAROS DE CAVERNAS E CAVAM OS NINHOS EM CAVIDADES NATURAIS.

Acridotheres Melanopterus

O estorninho-de-asa-preta é uma espécie de ave da família Sturnidae. Estorninhos de asas negras vivem em Java, Bali e Lombok. Eles são sedentários nos 2 primeiros, mas apenas visitantes ocasionais ou migrantes locais nos últimos.

 Os estorninhos de asas negras são pássaros das cavernas: eles fazem seus ninhos em rachaduras nas rochas ou em cavidades naturais de acácia. O ninho em si nunca foi descrito. Os ovos são azuis claros sem manchas e têm uma média de 27 por 19,5 milímetros. Os ovos geralmente consistem de 2 ou 3 ovos. A época de desova é de março a junho em West Java, junho em East Bali e fevereiro no resto da ilha. Informações sobre o tempo de incubação e cuidados parentais não estão disponíveis. O estorninho de asa preta se alimenta de uma variedade de itens, incluindo frutas, néctar e insetos. Alimenta-se em pequenos grupos e aos pares, tanto nas árvores como no solo. Ele empoleira-se. normalmente à noite em grupos, às vezes com outras espécies de estorninhos como o estorninho de Bali É um criador sazonal, embora o momento exato da temporada de reprodução varie conforme a localização. Os pássaros no oeste de Java se reproduzem de março a maio, mas no leste de Bali a temporada é em torno de junho. Eles são aparentemente monogâmicos, aninhando-se em um buraco forrado de galhos entre rochas ou em uma árvore.


CONHEÇA CALAU, UMA AVE COM UM BICO FASCINANTE PARA ATRAIR A FÊMEA.

Buceros bicornis

O calau bicórnio é uma espécie de ave coraciiforme da família Bucerotidae, de aspecto inconfundíve.

Os grandes calaus são arbóreos e vivem principalmente em florestas úmidas, altas e perenes. Árvores antigas que se estendem além da altura do dossel são preferidas para nidificar. A altura da árvore e a presença de uma cavidade natural grande o suficiente para conter uma fêmea e seus ovos são mais importantes do que o tipo de árvore. O mesmo local de nidificação é usado ano após ano, se possível. Eles são conhecidos por habitar altitudes de 600 a 2000 m.

O macho é ligeiramente maior que a fêmea. A subespécie Buceros bicornis pode chegar a até 1,30 m com uma envergadura de 1,80 m e um peso de 3 kg. Eles são coloridos e facilmente reconhecíveis. O corpo, a cabeça e as asas são principalmente negros; o abdômen e o pescoço são brancos. A cauda é branca e é atravessada por uma faixa preta subterminal. Uma glândula presa perto da cauda secreta óleo tingido, que é espalhado pelas penas pelo pássaro durante a escovação. Isso pode dar ao bico, pescoço, casco e cauda e penas de asa coloração variando de amarelo a vermelho. A característica mais reconhecível dos calaus é o casco, que é uma estrutura oca localizada no topo do bico. Pode ser usado por machos para lutar com outros machos e atrair fêmeas. Como muitos outros calaus, essas aves têm cílios proeminentes. Os machos e as fêmeas são semelhantes, exceto que as íris dos machos são vermelhas, enquanto as das fêmeas são brancas, e os machos têm bicos e cascas ligeiramente maiores. O grito potente e o voo barulhento são características do calau bicórnio.
Os machos e as fêmeas são semelhantes, exceto que as íris dos machos são vermelhas, enquanto as das fêmeas são brancas, e os machos têm bicos e cascas ligeiramente maiores.

Os grandes calaus são arbóreos e vivem principalmente em florestas úmidas, altas e perenes. Árvores antigas que se estendem além da altura do dossel são preferidas para nidificar. A altura da árvore e a presença de uma cavidade natural grande o suficiente para conter uma fêmea e seus ovos são mais importantes do que o tipo de árvore. O mesmo local de nidificação é usado ano após ano, se possível. Eles são conhecidos por habitar altitudes de 600 a 2000 m.
Os grandes calaus são arbóreos e vivem principalmente em florestas úmidas, altas e perenes. Árvores antigas que se estendem além da altura do dossel são preferidas para nidificar. A altura da árvore e a presença de uma cavidade natural grande o suficiente para conter uma fêmea e seus ovos são mais importantes do que o tipo de árvore. O mesmo local de nidificação é usado ano após ano, se possível. Eles são conhecidos por habitar altitudes de 600 a 2000 m.



OS PERIQUITOS SE PROTEGEM DOS PREDADORES CAMUFLANDO E FICANDO IMÓVEIS NA NATUREZA.



Brotogeris tirica

O periquito-rico é uma ave psittaciforme da família Psittacidae. Também conhecido como periquito, periquito-verdadeiro, periquito-verde. Típica da Mata Atlântica. Ocorre no Brasil Oriental, de Alagoas e da Bahia ao Rio Grande do Sul.

Gostam de frutas (coquinhos de todos os tipos e também do fruto da paineira, que perfuram e roubam as sementes nos meses de junho a agosto. Também não desprezam as flores adocicadas do suinã, flores, néctar, mangueiras, jabuticabeiras, goiabeiras, laranjeiras, mamoeiros e jaqueira provavelmente insetos e suas larvas, também comem semente de girassol.

Vive em casais, ao que se sabe permanecem unidos por toda a vida. Os consortes são assíduos em seus galanteios, arrumando mutuamente a plumagem e às vezes acariando-se enquanto permanece de ponta cabeça num galho. Constroem ninhos em cavidades de árvores ou nas bainhas foliares de palmeiras, junto ao tronco. Nos ninhos quando ouvem um ruído estranho põem meio corpo para fora, inspecionando os arredores e, se assustados, saem um depois do outro, sem emitir o menor som. Os bandos que costumam se encontrar durante o período de reprodução e sempre se compõe de indivíduos imaturos. A expectativa de vida é de em média 20 anos e a maturidade sexual ocorre entre 1 e 2 anos. Colocam 4 ovos brancos e a incubação dura cerca de 26 dias. Deixam o ninho cinco semanas após o nascimento dos filhotes.

Habita florestas, áreas abertas como parques e jardins. Imitam com perfeição a vocalização de outros pássaros. São vistas frequentemente em bandos, costuma acordar bem cedo fazendo muito barulho, o que torna ainda mais fácil o seu reconhecimento. Os sexos são semelhantes, porém o macho costuma ser mais robusto, principalmente no bico, e com a cabeça mais quadrada, diferenças mais notadas em um casal adulto que esteja lado a lado. Os machos geralmente são mais faladores e com mais capacidade de imitar qualquer tipo de som. Costuma procurar seu alimento nas copas das árvores mais altas. Utiliza o bico como um terceiro pé: usa as patas para segurar a comida, levando-a a boca. Desloca-se velozmente, às vezes intercala entre séries de rápidas batidas um voo de asas fechadas. A melhor defesa que tem é ficar imóvel e calado, imobiliza-se, fixando os olhos no perigo que supõe existir, confunde-se com o meio ambiente de tal maneira que parece “ter desaparecido”. Os periquitos ameaçados por algum perigo ficam às vezes pendurados em um galho, de ponta-cabeça, cessada a ameaça saem em gritos. Os movimentos lentos que assumem ao andarem, treparem ou comerem parecem ser prudentes e calculados servindo também para se ocultarem ainda melhor.



A OCORRÊNCIA DA ÁGUIA POR TODO O MUNDO EM DISTRIBUIÇÃO TAMBÉM NO BRASIL.

Pandion haliaetus                                                                                                                                                                A águia-pesqueira é uma águia da família Pandionidae, constituindo a única representante do gênero e também da família, com distribuição praticamente em todos os continentes.                                                                                               
Esta espécie captura peixes de água doce, salgada ou salobra, o que lhe permite frequentar estuários, barragens, cursos de água de caudal lento e por vezes a orla costeira. Normalmente aninha em árvores, mas na zona mediterrânica, sempre foi mais comum junto à costa, nas falésias escarpadas ou em pequenas ilhas rochosas. Ocorre um pouco por todo o mundo, desde a América do Norte à Austrália, passando pela Europa, por Cabo Verde e pelo Japão. Com distribuição isolada em grande parte do Brasil.

No fim do Verão, as águias-pesqueiras deixam a região onde se reproduzem e partem para o sul, passando o Inverno em zonas tropicais. Mas, na Primavera seguinte cada casal vem procriar exatamente no mesmo lugar. Em Portugal é atualmente visitante não para fazer ninhos, e pode ser observada quase ao longo de todo o ano, mas com maior incidência nas épocas de passagem migratória. Também goza do estatuto de invernante pois, dado o clima de influência mediterrânica.

Constrói o ninho com gravetos e galhos no alto de árvores, torres e até postes de energia. Coloca de 1 a 4 ovos com período de incubação de 37 a 41 dias. Os filhotes realizam os primeiros voos e deixam o ninho após 50 a 75 dias. Nesse período aprendem a pescar sozinhos, mas os pais continuam a alimentá-los por mais algumas semanas. A espécie atinge maturação sexual após 3 anos. O casal usa o mesmo ninho por vários anos consecutivos, reformando e adicionando materiais a cada período reprodutivo. Durante o período pré-nupcial, o macho executa uma série de exibições aéreas para a fêmea. Uma dessas exibições, o macho carrega um peixe ou materiais para o ninho, emite chamados estridentes enquanto realiza voos ondulares.



A AVE MIGRADORA DE DIVERSOS LUGARES, MAÇARICO-DE-BICO-DIRETO.

Limosa limosa

O maçarico-de-bico-direito é uma ave da família Scolopacidae. Trata-se de uma ave migradora, estando presente em Portugal sobretudo no Inverno.

Um dos aspectos da ecologia desta ave é o fato de usar diferentes habitats ao longo do ano, tendo também hábitos alimentares bem distintos em diferentes alturas do ano.

Na Islândia os principais habitats de reprodução são habitats naturais, típicos de regiões de alta latitude, nomeadamente zonas alagadiças costeiras onde abundam prados compostos de diversas espécies de gramíneas, ou zonas pantanosas dominadas por bétulas-anãs. Na Europa continental são usados essencialmente prados agrícolas, estando as aves muito dependentes das práticas agrícolas. Nestes habitats a alimentação é essencialmente carnívora, sobretudo à base de minhocas, mas incluindo também larvas de insetos e insetos adultos, sobretudo dípteros, sendo estes as presas mais típicas das aves jovens, cujos bicos curtos não permitem ainda a captura de minhocas. Durante o Inverno as duas subespécies têm habitats radicalmente diferentes, apesar de por vezes ocorrerem nos mesmos locais. L. l. limosa usa essencialmente arrozais, sendo a principal fonte de alimento as próprias sementes de arroz caídas nos campos depois da ceifa. 
No caso da L. l. islandica a alimentação no Inverno continua a ser predominantemente carnívora, sendo usadas as zonas entre-marés de habitats estuarinos e lagunares onde as aves encontram poliquetas e pequenos bivalves.

A reprodução varia de zona para zona, com as aves das áreas mais meridionais a iniciarem o período reprodutor mais cedo do que aquelas que se reproduzem mais a Norte. Na província holandesa da Frísia, uma das mais importantes áreas de reprodução desta espécie, as primeiras aves começam a chegar no início do mês de Março. Nas primeiras semanas são observados pequenos bandos de aves em alimentação, mas cedo estes bandos se dividem em casais que começam a defender ativamente o seu território. A investigação biológica através da marcação de indivíduos com combinações únicas de anilhas coloridas tem vindo a demonstrar que os maçaricos-de-bico-direito formam casais para toda a vida, sendo raros os casos em que um indivíduo procura um novo parceiro enquanto o outro membro do casal continua vivo. Estes estudos mostraram também que na maioria dos casos um casal constrói o seu ninho a menos de 200 m de distância do local onde nidificou no ano anterior. Depois de um período de corte, com voos de ostentação e ocasionais lutas entre machos, ocorre a cópula, que se repete diversas vezes nos dias que antecedem a postura. É neste período que o ninho é construído. Os ninhos são uma simples depressão no solo, geralmente adornada de pedaços de vegetação seca que lhe dão a característica forma de taça. As posturas são quase sempre de quatro ovos, que são postos ao ritmo de um por dia. O período de incubação varia entre 23 e 25 dias, após a postura do último ovo, ao fim dos quais nascem as crias, geralmente num intervalo inferior a 48 horas. As crias desta espécie são nidífugas, isto é, não permanecem no ninho após a eclosão. Na verdade, as crias ficam no ninho menos de 24 horas, começando desde cedo a mover-se pelos seus próprios meios e a procurar alimento, essencialmente insetos que encontram na vegetação, Contudo, os pais defendem as crias ativamente nas primeiras semanas e protegem-nas de frio ou calor excessivo. Cria com cerca de 2 semanas. Ao fim de 4 semanas as crias são já capazes de voar, não sendo incomum iniciarem a migração com destino aos locais de invernada apenas 2 meses após o seu nascimento.

A subespécie continental Limosa l. limosa inverna na África Ocidental, pensando-se que os indivíduos adultos fazem voos diretos das áreas de reprodução para as áreas de invernada, enquanto os juvenis fazem voos mais curtos com paragens ao longo da rota migratória, em França e na Península Ibérica. As aves ficam em África até finais de Dezembro, inícios de Janeiro, altura em que começam a viagem para Norte. Estas aves fazem uma paragem migratória prolongada na Península Ibérica, onde permanecem em média seis semanas. Aqui as aves usam essencialmente arrozais onde acumulam energias para completar a viagem até às áreas de reprodução. No final de Fevereiro as aves iniciam o último troço da viagem, sabendo-se de casos em que uma ave fez a viagem de Portugal até à Holanda em menos de uma semana.


A ÚNICA AVE TERRESTRE DO CONTINENTE ANTÁRTICO.

Chionis albus

A pomba-antártica, é uma espécie de ave da família Chionididae.
É uma ave de porte médio, medindo aproximadamente 39 de comprimento. Apresenta plumagem totalmente branca e pele nua rosada abaixo do olho e na base do bico. O bico é curto e firme, de coloração esverdeada e preto na ponta, com um revestimento caloso rosado na base. As patas são azuis-cinzentas e os pés são desprovidos de membranas, mas possibilitam à pomba-antártica nadar bem quando necessário.

Habita terras próximas da água, como praias e regiões litorâneas. Durante o inverno austral, grande parte migra das costas das Malvinas e Terra do Fogo para regiões mais quentes ao norte, podendo atingir a região costeira do Uruguai. As aves que não se encontram na fase de reprodução permanecem o ano todo na região da Terra do Fogo.

Alimenta-se de carniça, particularmente do produto regurgitado por pinguins e cormorões. Come também fezes de focas, podendo ainda roubar ovos de outras aves.
Geralmente é encontrado no chão. É a única ave terrestre nativa do continente antártico. A bainha nevada não tem pés palmados. Ela encontra sua comida na terra. É um onívoro, um carniceiro e um cleptoparasita. 

O PELICANO QUE POSSIVELMENTE É A MAIOR AVE DE ÁGUA DOCE DO MUNDO.

 Pelecanus crispus

O pelicano dálmata é o membro mais maciço da família dos pelicanos, e talvez a maior ave de água doce do mundo, embora tenha rivalizado em peso e comprimento pelos maiores cisnes. São pássaros altos e elegantes, com asas que rivalizam com as dos grandes albatrozes, e seus rebanhos voam em graciosa sincronia. É um migrante de curta a média distância entre áreas de reprodução e de invernagem.

Os adultos adquirem uma plumagem lenta no inverno, no entanto, quando podem ser confundidos com grandes pelicanos brancos. Suas vocalizações duras se tornam mais pronunciadas durante a época de acasalamento. Eles se reproduzem do sudeste da Europa para a Rússia, Índia e China em pântanos e lagos rasos. Eles geralmente retornam aos locais de reprodução tradicionais, onde são menos sociais do que outras espécies de pelicanos. Seus ninhos são pilhas de vegetação crua, que são colocadas em ilhas ou em tapetes densos de vegetação.

O pelicano dálmata é encontrado em lagos, rios, deltas e estuários. Comparado com o grande pelicano branco, o dálmata não está tão ligado às áreas de várzea e se aninha em áreas úmidas adequadas com muitas elevações. É menos oportunista na seleção de habitat de reprodução do que o branco grande, geralmente retornando a um local de reprodução tradicional, ano após ano, a menos que se torne completamente inadequado. Durante o inverno, os pelicanos dálmatas geralmente ficam em lagos sem gelo na Europa ou em jipes (lagos sazonais) na Índia. Eles também visitam, tipicamente durante o inverno, áreas costeiras ao longo das costas abrigadas para alimentação.

Este pelicano se alimenta quase inteiramente de peixes. Na maior colônia de remanescentes, localizada na Grécia, a presa preferida é a nativa Alburnus belvica. O pelicano dálmata requer cerca de 1.200 g (2.6 lb) de peixe por dia e pode pegar peixes menores localmente abundantes, como os góbios, mas geralmente os ignora em vez de peixes ligeiramente maiores. Geralmente, forrageia sozinho ou em grupos de apenas dois ou três. Normalmente, nada, placidamente e lentamente, até afundar rapidamente a cabeça debaixo d'água e retirar o peixe, junto com grandes massas de água. A água é despejada dos lados da bolsa e o peixe é engolido. Ocasionalmente, ele pode alimentar-se cooperativamente com outros pelicanos ao encurralar peixes em águas rasas e até cooperar de maneira similar enquanto pesca ao lado de grandes cormorões na Grécia. Ocasionalmente, o pelicano não pode comer imediatamente o peixe contido em sua bolsa gular, para que ele possa salvar a presa para consumo posterior. Outros pequenos habitantes de zonas úmidas podem suplementar a dieta, incluindo crustáceos, vermes, besouros e pequenas aves aquáticas , geralmente filhotes e ovos.


Entre uma família altamente social em geral, os pelicanos dálmatas podem ter as menores inclinações sociais. Esta espécie nidifica naturalmente em grupos relativamente pequenos em comparação com a maioria das outras espécies de pelicanos e às vezes pode até aninhar sozinha. No entanto, pequenas colônias são geralmente formadas, que regularmente incluem mais de 250 pares (especialmente historicamente). Ocasionalmente, os pelicanos dálmatas podem se misturar com colônias de grandes pelicanos brancos. O ninho é uma pilha de grama, juncos, paus e penas de tamanho moderado. Os ninhos geralmente estão localizados no solo ou perto dele, sendo frequentemente colocados em vegetação densa flutuante. Os ninhos tendem a ser frágeis até serem cimentados juntos por excrementos. A criação começa em março ou abril, cerca de um mês antes do grande pelicano branco raças. O pelicano dálmata põe uma embreagem de um a seis ovos, sendo dois ovos a norma. A incubação, dividida entre os pais, dura de 30 a 34 dias. Os filhotes nascem nus, mas logo brotam penas brancas. Quando os jovens têm 6 a 7 semanas de idade, os pelicanos freqüentemente se reúnem em "vagens". A descendência tem cerca de 85 dias e se torna independente com 100 a 105 dias de idade. O sucesso do aninhamento depende das condições ambientais locais, e de 58% a 100% dos filhotes sobreviveram com sucesso até a idade adulta. A predação de pelicanos dálmatas é relativamente pouco conhecida apesar do status ameaçado da espécie. Os locais de nidificação muitas vezes asseguram a predação limitada dos ninhos, embora os mamíferos carnívoros que comem ovos e filhotes possam acessar os ninhos quando os níveis de água são baixos o suficiente para que eles se cruzem.


A SERIEMA É UMA AVE COMUM EM CERRADOS E SEU CANTO PODE SER OUVIDO A UM QUILÔMETRO DE DISTANCIA.

Cariama cristata 

A Seriema é uma ave predadora terrestre, incluída antes na ordem "Gruiformes" mas cada vez mais colocada em uma ordem distinta - Cariamiformes (juntamente com três famílias extintas). A Seriema (Cariama cristata) habita desde o Uruguai e os campos do sul do Brasil até o Cerrado, o Pantanal e o sul da Amazônia e atinge também o norte da Argentina. A sua área de ocorrência é estimada em 5,9 milhões de km². A espécie está ausente da Mata Atlântica e das terras altas do planalto ao longo do litoral do Brasil.
Muitas características são compartilhadas com a Chunga burmeisteri, o único outro membro vivo da família. O canto é descrito como "um cruzamento entre o latido "serrilhado" de um cão jovem e o cacarejar de perus". Na parte mais alta da música, a ave dobra o pescoço, de modo que a cabeça toca as costas. Ambos os membros de um par, assim como os jovens até a idade de duas semanas, cantam. Por vezes, um membro da família começa uma música apenas quando um outro termina, ou cantam dois ao mesmo tempo. A canção pode ser ouvida por vários quilômetros de distância. No Parque Nacional das Emas, em 1981-1982, os observadores ouviam frequentemente quatro Seriemas (Cariama cristata) ou um grupo cantando ao mesmo tempo.

Seu canto é marcante, podendo ser ouvido a mais de 1 quilômetro. Seus gritos, seja de uma ave solitária, seja de um casal em dueto, são altos e longos. Parecem longas risadas, as quais vão acelerando-se e aumentando de tom à medida que a ave repete o canto. Pode permanecer gritando por vários minutos a fio.
Sua alimentação é semelhante à de um gavião, comendo desde insetos até pequenos vertebrados. Mata as presas com o bico, uma vez que os dedos são relativamente pequenos e sem garras. Uma presa maior é desmembrada, pisando sobre ela e retirando pedaços com o bico poderoso. Graças ao hábito de comer cobras, é protegida pelos fazendeiros e sitiantes. Pode ficar acostumada à presença humana e frequentar os jardins das casas. Fazem ainda parte de sua dieta vermes, roedores, insetos, ovos de outras espécies e pequenos répteis.

Faz ninho desde a pouca altura do chão até a 4 ou 5 metros do solo; a árvore tende ser tal que permita a ascensão da ave, em saltos auxiliados por curtas esvoaçadas, até o ninho. Utiliza gravetos e galhos frágeis, forrando-o com estrume de gado, barro ou folhas secas. Põe 2 ovos branco-rosados, manchados de castanho. O casal alterna-se para chocar os ovos, período que dura entre 24 e 30 dias. O filhote nasce com uma penugem amarronzada, fina e longa na cabeça. Depois de duas semanas, abandona o ninho com os pais, levando cerca de 4 a 5 meses para adquirir a plumagem de adulto.

Comum em cerrados, campos sujos e pastagens, sendo beneficiada pelo desmatamento. Anda pelo chão, aos pares ou em pequenos bandos. Se perseguida, foge correndo, deixando para voar somente se muito pressionada, chegando a atingir velocidades superiores a 50 km/h antes de levantar voo. Cansada, voa pequenos trechos antes de pousar e voltar a correr. Vive aos casais, sendo mais facilmente escutada do que observada. De hábitos terrestres, empoleira-se no alto de árvores para dormir. Ao voar, destacam-se as faixas claras e escuras de asas e cauda.



https://www.enjoei.com.br/danelicbs

AVE MACHO QUE ALIMENTA SUA FÊMEA COMO SE FOSSE SEU FILHOTE.

Penelope superciliaris

Conhecido popularmente pelos nomes jacupemba, é uma ave craciforme da família dos cracídeos. Ocorre do Sul do estado brasileiro do Amazonas ao estado do Rio Grande do Sul e Paraguai. Vive em matas, capoeiras, cerrados e caatingas, chegando a medir até 55 centímetros de comprimento, com a barbela nua e vermelha, mais proeminente no macho, topete rudimentar, plumagem das asas com bordas ferrugíneas, peito esbranquiçado e íris vermelha. No Jardim Botânico do Rio de Janeiro, jacupembas livres podem ser vistas facilmente, a pequena distância, alimentando-se no gramado.

O sinal de excitação é abrir e fechar impetuoso da cauda. Têm o tique de sacudir a cabeça. À tardinha, antes de empoleirar-se, tornam-se muito inquietos, sendo tal nervosismo - aparentemente ansiedade para achar um bom lugar de dormida. Gosta de lugares quentes.

Comem Frutas, folhas e brotos. Bebem na beira dos rios. O ato de beber se assemelha ao dos pombos, é um processo de sugar, com o bico mantido dentro d'água, notando-se a ingestão do líquido pelo movimento rítmico da garganta.

Monógamos. os machos dão comida à sua fêmea, virando e abaixando gentilmente a cabeça, como os pais alimentam os filhos. O casal acaricia-se na cabeça. Conhece-se pouco sobre as cerimônias nupciais dessas aves. O par faz um ninho pequeno nos cipoais, às vezes no alto das árvores ou em ramos sobre a água ou ainda em troncos caídos; aproveitam também os ninhos abandonados de outras aves. Os ovos são grandes, uniformemente brancos. O período de incubação é de 28 dias. As ninhadas são de dois a três filhotes.

Pertencem às mais importantes aves cinergéticas, continuando a ser relevantes na alimentação da população rural da Amazônia, apesar de terem a carne escura.
O desmatamento e a caça indiscriminada reduziram drasticamente estas aves.


O PÁSSARO QUE USA OBJETOS PARA DECORAR O NINHO DA FÊMEA.

Ptilonorhynchus violaceus

O pássaro-cetim, é uma ave passeriforme, comum nas florestas húmidas e florestas esclerófilas húmidas do leste da Austrália.
É uma ave que exibe um ritual de cortejamento complexo. A escolha do macho foi estudado em detalhe. Eles constroem estruturas especializadas, feitas de ramos, que decoram com objetos amarelos, azuis e brilhantes, incluindo bagas, flores, e também canetas, palhinhas e outros materiais de plástico. À medida que o macho amadurece, usam cada vez mais objetos de cor azul. As fêmeas visitam estas estruturas e escolhem qual macho irá acasalar com elas. Adicionalmente, os machos fazem danças de exibição, que podem por vezes serem vistas como danças ameaçadores pelas fêmeas. A construção do ninho e a incubação são efetuados pela fêmea.

Os pássaros-cetim são predominantemente frugívoros como adultos, embora também comam folhas e uma pequena quantidade de sementes e insetos. No entanto, como ninhadas, eles são amplamente alimentados com besouros, gafanhotos e cigarras até que possam voar.

Os  pássaros-cetim  mostram um comportamento de namoro muito complexo. A escolha do companheiro foi estudada em detalhes por um grupo de pesquisadores da University of Maryland, College Park. Os machos construíram estruturas de vara especializadas, chamadas de caramanchão, que decoram com objetos azuis, amarelos e brilhantes, incluindo bagas, flores e itens de plástico, como canetas esferográficas, canudos de plásticos e prendedores de roupas. À medida que os machos amadurecem eles usam mais objetos azuis do que outras cores. As fêmeas visitam estes e escolhem qual macho elas vão permitir para se acasalar com eles. Além de construir seus caramanchões, os machos realizam exibições comportamentais intensas chamadas danças para curtir seus companheiros, mas essas podem ser tratadas como exibições de ameaças pelas fêmeas. Os ninhos e incubação são realizadas apenas pelas fêmeas.

As manipulações experimentais dos ornamentos em torno dos bowers mostraram que as escolhas de fêmeas jovens (aquelas em seu primeiro ou segundo ano de reprodução) são influenciadas principalmente pela aparência dos caramanchões e, portanto, pela primeira etapa deste processo. As fêmeas mais velhas, que são menos afetadas pelo aspecto ameaçador das exibições masculinas, fazem suas escolhas mais com base nas exibições de dança masculinas. Tem a hipótese de que, à medida que os machos amadurecem a sua discriminação de cores, eles são capazes de selecionar mais objetos azuis para o barranco.

Os pássaros-cetim aninham entre outubro e fevereiro. Normalmente dois ovos, mas ocasionalmente um ou três são colocados em um ninho raso de galhos em cima do qual são colocadas folhas de eucalipto ou acácia . Estas folhas ficam castanhas quando os ovos são colocados e podem servir como camuflagem. Os ovos são cremosos, mas manchados de marrom, e são muito maiores do que os típicos para um pássaro de seu tamanho em torno de 19 gramas; eles são colocados todos os dias e abrem de forma assíncrona após 21 dias de incubação.
Os jovens são capazes de voar três semanas após a incubação, mas continuam dependentes da fêmea por mais dois meses, finalmente se dispersando no início do inverno do sul (maio ou junho). 



                                         
 
O macho pássaro-cetim decorando o ninho da fêmea


BUPHAGUS É UMA AVE AFRICANA QUE VIVE SOBRE OS MAMÍFEROS PARA SE ALIMENTAR.

Buphagus africanus

Essas aves tem o hábito de pousar em grandes mamíferos (tanto selvagens quanto domésticos), como bovinos, zebras, impalas, hipopótamos, ou rinocerontes, e comendo carrapatos, pequenos insetos e outros parasitas.

Os oxpeckers são endêmicos da África subsaariana, onde ocorrem na maioria dos habitats abertos. Eles estão ausentes dos desertos mais secos e das florestas tropicais. Sua distribuição é restrita pela presença de suas presas preferidas, espécies específicas de carrapatos e os hospedeiros animais desses carrapatos. As duas espécies de oxpecker são simpatizantes em grande parte da África Oriental e podem até ocorrer no mesmo animal hospedeiro. A natureza das interações entre as duas espécies é desconhecida.

Oxpeckers pastam exclusivamente nos corpos de grandes mamíferos. Certas espécies são aparentemente preferidas, enquanto outras, como o hartebeest ou o Topi de Lichtenstein são geralmente evitadas. Um antílope mais pequeno, como lechwe, duikers e reedbuck,também é evitado; A menor espécie regularmente utilizada é o Impala, provavelmente por causa da carga pesada e da natureza social dessa espécie. Em muitas partes do seu alcance, eles agora se alimentam de gado, mas evitam camelos. Eles se alimentam de ectoparasitas, particularmente carrapatos, bem como insetos infestando feridas e a carne e sangue de algumas feridas também. Eles às vezes são classificados como parasitas, porque eles abrem feridas nas costas dos animais. 

A estação de reprodução dos oxpeckers, em pelo menos um local, está ligada à estação chuvosa, que afeta a atividade de seus hospedeiros de mamíferos e as cargas de carrapatos desses hospedeiros. O namoro e a copulação também ocorrem em seus anfitriões. Eles aninham em buracos, geralmente em árvores, mas às vezes em outros tipos de cavidades, incluindo furos nas paredes. Os ninhos são alinhados com gramíneas e muitas vezes com cabelos arrancados de seus hospedeiros e até gado, como ovelhas que geralmente não são usadas. A embreagem típica é entre dois e três ovos , mas o oxpecker de bico vermelho pode colocar até cinco ovos.

O ANAMBÉ-POMBO DECORA SEU NINHO COM LÍQUENS E FUNGOS.

Gymnoderus foetidus

O anambé-pombo é uma ave passeriforme da família Cotingidae. 

Mede cerca de 36 cm de comprimento. Tem os lados do pescoço nus e vivamente coloridos de azul, o que contrasta com a densa plumagem negra de seu corpo. Suas asas (azul) e cauda também são longas, mas a cabeça parece pequena em relação ao corpo. Já a fêmea é menor e possui a plumagem cor de ardósia.

Alimenta-se de frutos e insetos.
Constrói seu ninho entre 6 e 10 metros do solo em forma de pequena taça e decora-o externamente com liquens e fungos. Em geral o filhote nasce branco-acizentado.

Vive no interior de matas de várzea e de terra firme.



O CANELEIRINHO É UMA AVE COM APENAS 12 CENTÍMETROS E VIVE ENTRE ÁRVORES, PINHEIROS E CANELINHAS.

Piprites pileata

O caneleirinho-de-chapéu-preto é uma ave passeriforme da família Pipritidae.

Esta bela ave mede cerca de 12 centímetros. O macho possui uma coloração onde predomina o marrom-ferrugíneo, com uma coroa negra no alto da cabeça e algumas penas, também negras, desenhadas de amarelo com algumas regiões destacadas em branco. A cauda tem penas centrais pretas e laterais marrom-ferrugíneas. O bico e as pernas vão do amarelo ao alaranjado, destacando-se do resto do corpo, que possui uma cor mais escura.
Alimenta-se de frutos e insetos.

É encontrado na Mata Atlântica, especialmente com araucárias (Araucaria angustifolia). Em geral, a espécie é rara e de distribuição esparsa, e, portanto, considerada vulnerável pela BirdLife International. No Brasil, inclusive em torno de Campos do Jordão, onde nos encontramos, os Piprites ocorrem no meio das florestas, às vezes entre pinheiros paraná ( Araucaria angustifolia ). Aqui migrando para cima e para baixo entre as estações, mas na Argentina, pesquisas extensas revelaram apenas sete territórios, e todos estavam em florestas ribeirinhas com canelinhas ( Ocotea pulchella ), e em pelo menos um deles os pássaros permaneceram durante todo o ano.

O TORDO DE CABEÇA LARANJA É UM PÁSSARO SOLITÁRIO.

Geokichla citrina 

O tordo de cabeça de laranja é comum em áreas bem arborizadas do subcontinente indiano e do Sudeste Asiático. A maioria das populações é residente. A espécie mostra uma preferência por áreas úmidas sombreadas, e como muitos Zoothera, pode ser bastante secretos. O tordo é omnívoro, comendo uma grande variedade de insetos, minhocas e frutas. Nasce em árvores, mas não forma bandos.

O macho desde pequeno tem partes superiores cinzentas uniformes, uma cabeça laranja e partes inferiores. As fêmeas e as aves jovens têm partes superiores mais castanho.

O tordo é um pássaro tímido e secreto que geralmente ocorre sozinho ou em pares, mas é comparativamente mais facilmente visto do que muitos outros Zootheras, e vários pássaros podem se reunir fora da estação de reprodução em uma boa fonte de alimento. Tem um voo rápido e silencioso, mas, quando perturbado, muitas vezes ficará imóvel até que a ameaça tenha passado.

O ninho, construído por ambos os sexos, é uma copa larga, mas superficial, de galhos, samambaias e raboas alinhadas com material vegetal mais suave, como folhas, musgo e agulhas de coníferas. É construído a uma altura de até 4,5 metros em uma pequena árvore ou arbusto, sendo mangueiras e arbustos de café preferidos. Três ou quatro, ocasionalmente cinco, os ovos são colocados. Eles são cremosos ou matizados de azul pálido, cinza ou verde, e manchas de lilas pálido e manchas castanhas avermelhadas. Eles são incubados por 13-14 dias para a incubação, com mais 12 dias até que as aves jovens deixem o ninho.

O tordo se alimenta no chão em uma mata subida ou outra cobertura grossa. É mais ativo ao amanhecer e ao anoitecer, examinando a lixeira de insetos e larvas, aranhas, outros invertebrados e frutas. Na Malásia, os pássaros invernados regularmente alimentam de figos.

OS ALBATROZES TÊM A MAIOR ENVERGADURA DE QUALQUER AVE VIVA.

Diomedea exulans

O albatroz-errante ou albatroz-gigante é uma ave da família Diomedeidae que ocorre na maior parte do oceano austral, das margens do gelo que circunda a Antártica até o Trópico de Capricórnio e, ocasionalmente, até mais ao norte, com alguns registros fora da Califórnia e no Atlântico Norte. Durante o inverno, a maior parte das aves se concentra ao norte da Convergência Antártica.

As crias de albatroz-errante são quase totalmente marrons ao deixarem o ninho mas com a idade adquirem a plumagem branca e cinzenta, sendo machos mais brancos que as fêmeas. Este animal partilha com o Marabu e o condor-dos-andes a distinção de possuir a maior envergadura de asas das aves terrestres, variando de 2,90 a 3,50 metros. O albatroz-errante nidifica em colônias dispersas com posturas que ocorrem entre dezembro e fevereiro e que resultam num único ovo. O ninho é um monte de lama e vegetação, e é colocado em uma crista exposta perto do mar. Durante os estágios iniciais do desenvolvimento do pintinho, os pais se revezam sentados no ninho enquanto o outro busca comida. Mais tarde, ambos os adultos buscam comida e visitam o pintainho em intervalos irregulares. A incubação, partilhada por ambos os pais, dura cerca de 11 semanas e o filhote resultante leva 40 semanas para deixar o ninho (entre novembro e fevereiro). O período reprodutivo é longo (55 semanas) e bi-anual. Os albatrozes-errantes têm uma esperança de vida elevada e é provável que alguns indivíduos ultrapassem os 50 anos de idade. Consequentemente, os machos e fêmeas começam a se reproduzir relativamente tarde, com cerca de 11 anos. O albatroz tem uma grande variedade de monitores de gritos e assobios de grunhidos e bater palmas. Quando cortejam, espalharão as suas asas, agitarão as suas cabeças, e baterão as suas contas juntas, enquanto rebentam. 

Esta ave forrageia no talude ou fora da plataforma continental, daí seu nome de errante, onde captura presas principalmente na superfície, dada a limitada capacidade de submergir. Alimentam-se principalmente de lulas (35% da massa consumida pelos filhotes) e peixes (45%) mas também podem consumir carniça (como mamíferos marinhos mortos), tunicados, águas-vivas e crustáceos. A maior parte do alimento é obtida durante o dia, embora ocorra algum forrageamento durante as noites.

O CAPACETE DO NORTE É UMA DAS AVES QUE DIMINUIU POR MOTIVO DE CAÇA E DESTRUIÇÃO DE HABITATS.

Pauxi pauxi                                                                                                                                            
O Capacete do norte é um grande pássaro terrestre na floresta subtropical em regiões íngremes, montanhosas do oeste da Venezuela e no norte da Colômbia. Existem duas subespécies encontradas em diferentes cordilheiras. É um pássaro na maior parte preto com uma ponta branca na cauda, ​​uma conta vermelha e um casque cinzento distintivo em sua testa. A população desta ave está em declínio e a União Internacional para a Conservação da Natureza classificou o seu estado de conservação como "em perigo ".

Considerado globalmente em risco de extinção e restrito ao noroeste da Venezuela e nordeste da Colômbia, o Helmeted Curassow é um pássaro altamente distintivo dentro de sua gama comparativamente pequena. Ao longo da sua gama, a população diminuiu devido a uma combinação de caça e destruição de habitats. Ambos os sexos são na maior parte pretos com um brilho esverdeado e azulado ao envoltório e ao peito, e um barriga branca, ponta da cauda branca, ​​com um casco azulado na cabeça, e uma conta vermelha maçante e pés. No entanto, há também uma fase de cor rara em fêmeas, que é principalmente marrom, finamente barrado com preto, barriga branca. O Capacete de Helmeted habita na floresta subtropical em regiões montanhosas abaixo de 2200 m.

Os ninhos são construídos em março, e os filhotes eclodem em meados de maio. Casais e familiares fazem forragem, principalmente terrestre, de frutos caídos, sementes, folhas macias, gramíneas.

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