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MORADORES E TURISTAS CONSTRUÍRAM PRANCHAS COM BITUCAS DE CIGARRO, UM PROJETO CHAMADO BITUCA ZERO.






                                     

Como funciona a fabricação das pranchas de bitucas?


A TrenchTown Surfboards, fábrica de pranchas referência no sul de Santa Catarina localizada na Praia de Itapirubá, balneario entre Laguna e Imbituba-SC, apostou na conscientização de moradores e turistas e criou um projeto chamado Bituca Zero, junto com outros comerciantes locais. Foram instaladas cerca de 30 bituqueiras pela praia, elaboradas com cano de PVC.

  A iniciativa surgiu do interesse de contribuir com o meio ambiente e a limpeza da praia. Na primeira semana foram coletadas mil bitucas de cigarro.

No bloco da prancha existe um rebaixo, criamos uma espécie de tapete com as bitucas que é aplicado no processo de laminação nos dois lados da pranchas, as bitucas ficam visíveis. A resina utilizada é a Bio Epoxy da Nonopoxy, que é elaborada com mais 50% da molécula de origem biológica. Cerca de 1600 bitucas foram utilizadas na confecção da prancha. Além da conscientização, uma das nossas preocupações é fazer com que essas pranchas sejam funcionais. Sabemos que elas serão mais resistentes, e depois poderão ser usadas pela população.

A prancha ficará disponível na escola de surfe local, Itapirá Norte Sul, e poderá ser utilizada pela população. A iniciativa é um alerta sobre a quantidade de microlixo nas praias. As bitucas de cigarro são um dos resíduos mais encontrados nos mutirões de limpeza de praia que recebem as ações do Ecosurf ao longo do litoral brasileiro. A produção da prancha também é uma oportunidade de conectar a comunidade do surf com a responsabilidade que devemos ter enquanto surfistas no cuidado com as praias e oceanos. Sabemos que nossa iniciativa não resolve o problema, mas ajuda a conscientizar e incentivar o esporte.




O FOGÃO SUSTENTÁVEL QUE TRANSFORMA A IRRADIAÇÃO SOLAR EM CALOR PARA O PREPARO DE ALIMENTOS.

Fogão movido a energia solar


O princípio de funcionamento do fogão solar envolve parábolas reflexivas capazes de concentrar a radiação do sol. Com foco direcionado ao que seriam as “bocas” de um fogão convencional. Cálculos determinam o formato e o posicionamento da parábola. Em seguida, é feito um molde de areia ou cimento, que dará forma à base da parábola. Os materiais utilizados para a base da parábola podem variar bastante. Podendo ser fibra de vidro, resina, entre outros. Uma vez moldada, a parte de dentro é revestida de pedaços de espelhos, que podem ser obtidos de sucata. Cada “boca” do fogão tem mais de uma parábola e todas elas são responsáveis por concentrar a radiação solar.

O fogão transforma a irradiação solar em calor para o preparo de alimentos. Concentradores de raios solares, dispostos em parábola, convergem a energia para um ponto central, que aquece.
A temperatura alcançada dependerá de dois fatores: a qualidade do material utilizado para revestir a parábola e sua correta posição em relação ao sol. A temperatura chega a mais de 350.° C, mais do que suficiente para o cozimento de alimentos ou aquecimento de água. Seu aproveitamento máximo se dá entre 9 e 15 horas. Entre suas vantagens, destaca-se a disponibilidade de energia gratuita e abundante, além da ausência de chamas, fumaça, poluição atmosférica, incêndios e explosões. O preço da instalação não chega a duzentos reais e sua manutenção tem custo mínimo. Evita desmatamentos em busca de lenha. O engenheiro Arnaldo Moura, um dos autores de um projeto, destaca: “30% da madeira retirada da caatinga transforma-se em lenha. Utilizando o fogão solar, será possível economizar até 55% dessa lenha”. Ele não elimina o uso do fogão convencional, pois não pode ser utilizado em dias chuvosos ou à noite. Se houvesse coletores de energia, seu custo seria impraticável para o sertanejo. O tempo de cozimento é também maior no fogão solar. A maior dificuldade, porém, está na modificação de hábitos. É preciso cozinhar fora de casa e adaptar-se à sua aparência estranha, pois se parece com uma antena parabólica, dotada de um fogareiro no centro.



O PLÁSTICO ATUALMENTE É UM GRANDE PROBLEMA PARA A NATUREZA.

O plástico é um material que utilizamos de muitas formas e hoje se tornou uma praga para a vida marítima e a vida em geral.


Pouco do plástico que utilizamos no nosso dia a dia é reciclado. Grande parte dos plásticos utilizados é destinado a aterros sanitários e destes muitos são desviados no meio do caminho. Existe uma estimativa de que 10 milhões de toneladas de materiais plásticos cheguem aos oceanos anualmente, sendo que destes mais de 100 mil toneladas sejam de canudos plásticos. Assim como outros lixos marinhos, eles chegam aos oceanos em função do descarte inadequado, sendo carregados pelos ventos ou pelas chuvas indo parar nos rios ou diretamente indo para o mar.

O consumo dessas embalagens plásticas, como garrafas PET, impede que os animais mergulhem profundamente, impossibilitando-os de caçar e até de comer. Quando se perde animais de uma cadeia alimentar equilibrada, você aumenta a quantidade de animais que serviam de caça para aquele que diminuiu, consequentemente reduzindo a comida dos predadores. O cenário ideal, é uma vida com a produção de menos lixo e a utilização de produtos circulares, ou seja, aqueles que podem ser reutilizados e reciclados, sem virar lixo após o uso.


Os canudos plásticos são geralmente feitos de polipropileno ou poliestireno, materiais não biodegradáveis que demoram cerca de 200 anos para se decompor. Além disso, este produto começa sua lenta degradação decompondo-se em pequenas partículas, essas que normalmente são engolidas por animais marinhos, causando impactos negativos na vida desses animais. De acordo com a lei de autoria, os canudos de material plástico terão de ser substituídos por canudos feitos de papel reciclável, material comestível ou biodegradável, embalados individualmente em envelopes completamente fechados feitos a partir do mesmo material. Quem descumprir a determinação poderá ser multado.
Veja como podemos substituir os plásticos começando por alguns hábitos:

                                                                                                           
Escovas de dente de bambu                                                            Embalagens plásticas por folhas                                                                                                                        de bananeiras 













                                                                               

      Canudo de metal                                                                                Caixa para comida de papel
















DEJETOS SUÍNOS SÃO TRANSFORMADOS EM BIOGÁS.

Os suinocultores buscam um destino sustentável para o dejeto que muitas vezes são jogados diretamente nos mananciais, contaminando os rios e o lençol freático, colocando em risco o abastecimento de água.

Eles imaginaram que seria uma boa ideia dar um destino ecologicamente correto aos dejetos dos suínos. Como os resultados foram mais que favoráveis, o suinocultor decidiu montar uma micro usina, com 7 biodigestores, que transformam 250 mil litros de dejetos suínos em biogás.


O produtor usa metade da energia produzida em sua propriedade; a outra é vendida para uma distribuidora de energia elétrica em Santa Catarina. As granjas acima de 3 mil animais apresentam potencial para produção de vários quilowatts.

Além de produzir energia elétrica que abastece a granja, o biogás produz um derivado: o biometano. Após pesquisa realizada pela Embrapa Suínos e Aves, em Corcórdia (SC), esse gás originado dos dejetos de 300 suínos passou a ser utilizado para movimentar carros. Veículos que antes rodavam 600 km com 40 litros de álcool, agora percorrem mais 250 km com apenas 15 m³ de gás biometano.

O biogás pode ser formado de esterco de outros animais, como aves, ou matéria vegetal, como cana-de-açúcar. A ABiogás (Associação Brasileira do Biogás) e do biometano, acredita que o biogás apresenta potencial para gerar mais de um terço da energia elétrica consumida em todo o país.

O sucesso da geração de energia elétrica originada do biogás de dejetos suínos está levando muitos produtores a adotarem o sistema. Embora o investimento esteja em torno de R$300 e R$700 mil, o produtor Maciel, criador de oito mil suínos, pretende implantar o projeto em sua propriedade.

A geração de energia, cerca de 215 toneladas por dia de dejetos de 18 propriedades rurais passaram a ser tratados, servindo de matéria-prima para a produção do biogás, usado na geração elétrica. O esquema é razoavelmente simples: os dejetos são recolhidos e acondicionados em biodigestores. Lá dentro ocorre a decomposição desse material por bactérias, gerando o biometano. O gás é transportado por gasodutos até o local da geração de energia. A queima do material, aciona um gerador que produz eletricidade.

Além de beneficiar o meio ambiente evitando a contaminação do solo o projeto ajuda a fixar os produtores no campo gerando uma renda extra, com a produção de energia. Os produtores vão se organizar num condomínio agroenergético para compensar o excedente e isso vai aliviar a rede nos momento de pico de consumo.

A RECICLAGEM DO PAPEL EVITA O ACÚMULO NO AMBIENTE E ESGOTAMENTO NATURAL.

Para evitar o esgotamento dos recursos naturais, o ideal é o reflorestamento das árvores e a reciclagem do papel.

É relevante também destacar que a sustentabilidade implica na adoção de modelos de gestão que privilegiem as práticas de responsabilidade social, que respeitem, ao mesmo tempo, a qualidade de vida das pessoas e a necessidade de se preservar os recursos naturais e o meio ambiente. Nesse sentido está o uso indiscriminado de papel, que, além dos danos relacionados ao desmatamento, esta a poluição das águas e o acúmulo de lixo.

Considere que uma árvore padrão na produção de papel, que é o eucalipto, é capaz de produzir 20 resmas de papel. Como cada resma possui 500 folhas, 20 resmas possuem 10 mil folhas tamanho A4 de 75 g/m2 de gramatura por tronco. Se uma árvore é capaz de dar vida a 10 mil dessas folhas, isso significa que para produzir uma folha de papel é necessário 1/10.000 de árvore.

O reflorestamento resolve parte da questão, enquanto a reciclagem contribui na outra ponta. Além disso, a reutilização do papel pode atrasar a necessidade do descarte, mas é preciso atacar o terceiro vértice do problema, que é justamente a produção. Nesse caso, o caminho é a substituição do papel e redução de sua utilização no dia a dia.


O papel reciclado ainda sofre com um fator desagregador chamado preconceito. Esta visão, no entanto, está mudando na mesma medida em que cada vez mais cabeças formadoras de opinião espalham suas ideias e seus projetos sustentáveis, emprestando muito charme e elegância ao resultado final. Grandes empresas eco friendly de todo o mundo estão deixando os papéis branquinhos de lado e adotando o produto mais escuro, cuja granula pode ser levemente mais pesada. A verdade é que materiais promocionais, cartões de visita, papeis timbrados, embalagens, folderes, flyers e muitos outros materiais estão sendo produzidos com um olho no público e outro no meio ambiente.


Com o mesmo processo com que faz o papel comum, só muda a matéria-prima. O material recolhido para a reciclagem precisa ser transformado em massa de fibra de celulose antes de entrar nas máquinas, mas, depois, os aparelhos e procedimentos são os mesmos. Geralmente, o papel vendido como reciclado tem apenas parte de sua matéria-prima vinda do reaproveitamento. Isso porque, quanto maior a quantidade de papel reciclado, mais frágil será o produto final.

O papel leva de 3 a 6 meses para se decompor, e quando descartado de maneira incorreta no solo e nos rios acaba por agredir o meio ambiente. É importante pensar em toda a logística da produção até o consumidor final para entendermos que o uso consciente do papel é uma responsabilidade que todos devemos assumir e promover, visando a diminuição da poluição e o equilíbrio do ecossistema.

A SUSTENTABILIDADE NA MODA.


A importância das marcas de roupas se posicionarem para a sustentabilidade.

São muitas as partes que fazem a indústria da moda, mas duas são especialmente importantes no desenvolvimento da sustentabilidade do setor: quem produz e quem compra roupa. Ambas as partes precisam estar cientes de que usar recursos naturais indiscriminadamente tem consequências importantes e negativas a todos.

Quantas peças de roupa nova você compra por ano? Segundo o World Resources Institute, um instituto de pesquisas sem fins lucrativos, a indústria da moda produz 20 peças de roupa por pessoa por ano. Se a população da Terra é de cerca de 7 bilhões de pessoas, produzimos, em média, 140 bilhões de novas peças de vestuário a cada 365 dias. Isso significa que, todos os dias, nada menos que 383 milhões de peças são produzidas, são incríveis 4,4 mil peças por segundo!

A H&M e a Zara, por exemplo, ambas fornecedoras de fast fashion, juntaram-se a outras 33 empresas de moda para assinar o acordo da Global Fashion Agenda, no qual se comprometem receber roupas para reciclagem nas lojas e, de maneira geral, aumentar sua reciclagem de roupas até 2020. A iniciativa produz relatórios anuais de acompanhamento do desempenho das signatárias onde lista e explica boas práticas, além de prestar contas acerca da iniciativa, que reúne alguns dos maiores players do mercado no planeta.

“Uma hora vira lei e todo mundo é obrigado a adotar práticas sustentáveis. Mas por enquanto são apenas algumas pessoas pensando nisso”, diz a consultora de moda, empresária, jornalista e autora brasileira Glória Kalil. “Mas interessa a todos, por que dá retorno positivo, é bom marketing para as marcas”, afirma. Para ela, é fundamental que grandes marcas se posicionem na direção da sustentabilidade, já que grandes produções tendem a causar maior impacto ambiental e também a influenciar o comportamento geral do mercado.

Glória lembra também que parte importante da responsabilidade está nas mãos do consumidor que, muitas vezes, ainda não exige isso das marcas. “Ninguém entra numa loja e diz ‘eu só vou comprar coisas sustentáveis’”, diz. Segundo Glória, entre um produto sustentável mais caro e um produto não sustentável mais barato, o consumidor tende a escolher o mais barato. “Não há, ainda, uma demanda nítida por sustentabilidade nesse sentido.”

Uma mudança de cultura, portanto, onde cada um assume as suas responsabilidades na hora de consumir moda, se faz necessária. O filme “The True Cost” dá 5 valiosas dicas de ações individuais que ajudam a criar essa cultura de sustentabilidade na moda.





“The True Cost” Trailer