Bracatinga (Mimosa scabrella)
Bracatinga é uma espécie nativa das regiões de clima frio do Brasil, família mimosaceae. A bracatinga é uma espécie pioneira, típica de capoeiras e capoeirões. Ocorre na floresta secundária, muitas vezes em formações puras (bracatingais), após ação antrópica, o que a caracteriza como espécie agressiva. Vive, em média, por vinte e cinco anos, sendo, portanto, uma espécie de baixa longevidade.Mimosa scabrella é uma essência típica do planalto sul-brasileiro e exclusiva da vegetação secundária da Floresta Ombrófila Mista, principalmente onde ocorrem áreas perturbadas.
É uma excelente espécie a ser usada em recuperação de áreas degradadas, pois possui um rápido crescimento. A bracatinga é uma importante forrageira melífera, visto que floresce em períodos de escassez de pólen e atrai cochonilhas que secretam um líquido açucarado, utilizado pelas abelhas para a fabricação do "mel de casca de bracatinga".
A bracatinga é uma árvore perenifólia, com altura variando entre 4 e 18 m. Em maciços, apresenta tronco reto, com fuste de até 15 m. Porém, quando isolada, o tronco é curto e ramificado. A copa é arredondada e seu diâmetro, assim como a forma do tronco, varia de acordo com a localização da árvore: em povoamentos, o diâmetro da copa é, em média, de 1,5 m e, em árvores isoladas, pode atingir 10 m. Os indivíduos jovens apresentam casca externa marrom-acastanhada e, quando adultos, castanho-acinzentada. A casca interna possui coloração bege-rosada a rosada.
As folhas são compostas, muito variáveis, com 4 a 14 pares de pinas opostas de 3 a 6 cm de comprimento e folíolos de 4 a 8 mm, em número de 15 a 30 pares por pina.
As flores são amarelas e pequenas, agrupadas em capítulos pedunculados, axilares ou terminais. Concluíram que apenas 10% das flores produzidas formam frutos. Estes são sésseis, deiscentes, com até 48 mm de comprimentos por 9 mm de largura e alojam de 2 a 4 sementes.
As sementes são irregulares, escuras e brilhantes. Apresentam dimensões de 6 mm de comprimento por 3 mm de largura.
Os frutos, bem como as sementes, se dispersam, sobretudo, pela ação da gravidade. Ao caírem no solo, as sementes formam bancos permanentes e a viabilidade das mesmas pode perdurar por 4 anos ou mais.
A maior área de ocorrência natural dessa espécie (Mimosa scabrella) se dá sob clima temperado úmido. Entretanto, também ocorre em clima subtropical úmido e subtropical de altitude.
A bracatinga não suporta períodos de seca prolongados. A precipitação anual média é de 1200 mm (Rio Grande do Sul) a 2300 mm (Paraná e Santa Catarina); na região Sul, as chuvas são uniformemente distribuídas ao longo do ano e, na região Sudeste, são periódicas e menos intensas no inverno. Essa espécie desenvolve-se bem em temperaturas amenas, sendo a média anual de 13º C. Suporta geadas, em média de 0 a 32 por ano. Normalmente, a bracatinga ocorre em solos pobres, ácidos (pH variando entre 3,5 e 5,5), de textura franca a argilosa e bem drenados. É pouco exigente em fertilidade química, mas não se desenvolve adequadamente em solos mal drenados e com alto teor de alumínio.
Mimosa scabrella é uma espécie florestal heliófila, não tolerante às geadas no primeiro ano. Portanto, no Sul do país, onde é largamente cultivada, recomenda-se realizar os plantios na primavera, evitando-se perdas por geadas no primeiro ano, quando a muda é mais susceptível.
O espaçamento mínimo recomendado é de 1 m x 1 m. A bracatinga, na fase inicial de plantio, pode ser dominada por espécies invasoras, por isso não se utilizam espaçamentos muito amplos.
A regeneração dos povoamentos, na região de Curitiba, é largamente realizada induzindo-se a germinação do banco de sementes pelo fogo. Entretanto, a prática da queima induz perda de nutrientes por volatilização e erosão eólica, expõe e degrada o solo e polui o ambiente, podendo até exterminar as sementes ao invés de induzi-las à germinação. Em cultivos consorciados, a regeneração é feita por semeadura direta; neste caso, é necessário fazer controle de plantas invasoras e reduzir a densidade do bracatingal, pois existe competição acentuada entre plantas. Por fim, a revegetação por mudas também é viável, tanto em terrenos preparados pelo método convencional (aragem e gradagem), como em terrenos não preparados. A produção de mudas pode ser feita em viveiro, semeando de três a quatro sementes por tubete (pequeno) ou saco de polietileno. Após três meses as mudas já estão prontas para o plantio, porém, quando apresentarem raízes nuas, as chances de sobrevivência diminuem no transplante. A semeadura direta é mais utilizada que a produção de mudas em viveiro. Entretanto, as plantas ficam mais susceptíveis aos veranicos, acarretando perdas. Para efetuar semeadura direta, utiliza-se de três a cinco sementes por cova e, após seis meses, seleciona-se a muda mais vigorosa. A bracatinga é uma espécie fixadora de nitrogênio, pois ocorre nas raízes associação com Rhizobium sp. Para plantios realizados fora das áreas de ocorrência natural ou em sítios onde não havia bracatinga anteriormente, recomenda-se inocular as mudas com estirpes isoladas de Rhizobium.
A bracatinga não suporta períodos de seca prolongados. A precipitação anual média é de 1200 mm (Rio Grande do Sul) a 2300 mm (Paraná e Santa Catarina); na região Sul, as chuvas são uniformemente distribuídas ao longo do ano e, na região Sudeste, são periódicas e menos intensas no inverno. Essa espécie desenvolve-se bem em temperaturas amenas, sendo a média anual de 13º C. Suporta geadas, em média de 0 a 32 por ano. Normalmente, a bracatinga ocorre em solos pobres, ácidos (pH variando entre 3,5 e 5,5), de textura franca a argilosa e bem drenados. É pouco exigente em fertilidade química, mas não se desenvolve adequadamente em solos mal drenados e com alto teor de alumínio.
Mimosa scabrella é uma espécie florestal heliófila, não tolerante às geadas no primeiro ano. Portanto, no Sul do país, onde é largamente cultivada, recomenda-se realizar os plantios na primavera, evitando-se perdas por geadas no primeiro ano, quando a muda é mais susceptível.
O espaçamento mínimo recomendado é de 1 m x 1 m. A bracatinga, na fase inicial de plantio, pode ser dominada por espécies invasoras, por isso não se utilizam espaçamentos muito amplos.
A regeneração dos povoamentos, na região de Curitiba, é largamente realizada induzindo-se a germinação do banco de sementes pelo fogo. Entretanto, a prática da queima induz perda de nutrientes por volatilização e erosão eólica, expõe e degrada o solo e polui o ambiente, podendo até exterminar as sementes ao invés de induzi-las à germinação. Em cultivos consorciados, a regeneração é feita por semeadura direta; neste caso, é necessário fazer controle de plantas invasoras e reduzir a densidade do bracatingal, pois existe competição acentuada entre plantas. Por fim, a revegetação por mudas também é viável, tanto em terrenos preparados pelo método convencional (aragem e gradagem), como em terrenos não preparados. A produção de mudas pode ser feita em viveiro, semeando de três a quatro sementes por tubete (pequeno) ou saco de polietileno. Após três meses as mudas já estão prontas para o plantio, porém, quando apresentarem raízes nuas, as chances de sobrevivência diminuem no transplante. A semeadura direta é mais utilizada que a produção de mudas em viveiro. Entretanto, as plantas ficam mais susceptíveis aos veranicos, acarretando perdas. Para efetuar semeadura direta, utiliza-se de três a cinco sementes por cova e, após seis meses, seleciona-se a muda mais vigorosa. A bracatinga é uma espécie fixadora de nitrogênio, pois ocorre nas raízes associação com Rhizobium sp. Para plantios realizados fora das áreas de ocorrência natural ou em sítios onde não havia bracatinga anteriormente, recomenda-se inocular as mudas com estirpes isoladas de Rhizobium.