POR QUE SAL MARINHO É MELHOR QUE O REFINADO?
O sal no organismo ele não é menos importante. Apesar de sempre relacionado à hipertensão arterial, quando consumido moderadamente, o sal pode ser benéfico à saúde.
Um adulto possui no corpo, aproximadamente 250 g de sal. Ele está presente no sangue, nas lágrimas, na urina e no suor e, como acontece com a maioria dos componentes, precisamos repor esse nutriente! E assim como os outros elementos, a carência de sal no organismo tem efeitos: náuseas, fraquezas, dores de cabeça. Portanto, é preciso repor sempre. Porém, a reposição deve ser feita através do sal marinho e dentro da quantidade recomendada. O sódio, seu principal componente, é responsável por regular o volume do líquido extracelular e a quantidade de plasma sanguíneo.
Além disso, faz parte constituição do nosso esqueleto, que abriga em torno de 35 a 40% do total de sódio presente no corpo humano. E auxilia, ainda, o controle da contração muscular e a condução de impulsos nervosos. Já o cloreto de sódio atua como importante agente na manutenção e equilíbrio do sistema imunológico (de defesa) e do metabolismo. Porém, não se pode esquecer de que todos esses benefícios são decorrentes do consumo ideal de sal. O sal marinho tem, em média, 420 mg de sódio a cada 1 g de sal, enquanto o sal refinado tem, nas mesmas condições, 400 mg. Porém, o sal marinho contém outros elementos que não estão presentes no sal refinado.
Apesar de serem extraídos do mesmo local (o mar), estes sais se diferem em alguns aspectos. O principal é o processo de industrialização. Enquanto o sal marinho após este processo ainda mantém suas principais propriedades nutricionais, o sal refinado perde grande parte dos nutrientes, como magnésio e cálcio. As diferenças também estão na aparência e no gosto: sal marinho é comercializado no formato de cristais maiores que o sal refinado. Além disso, possui um gosto mais “agradável” e menos intenso, por causa da menor concentração de sódio. Para saber mais sobre as diferenças entre o sal marinho e sal refinado. É importante ressaltar que sal marinho não é o mesmo que o sal bruto, extraído das salinas. Esse último, não deve ser utilizado, pois possui cerca de 20% de elementos poluentes quando proveniente de baías poluídas. O sal que estamos tratando é o sal marinho moído fino (ou sal grosso, utilizado no preparo de churrascos). Felizmente, no Brasil não existe o sal bruto com poluentes, uma vez que a maior parte da produção vem de Cabo Frio, no Rio de Janeiro e Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde está concentrada 95% da produção nacional.
O sal industrial é “enriquecido” com aditivos químicos, contendo então perto de 2% de produtos perigosos. Para evitar liquefazer e se formar pedras (senão gruda nos saleiros e perde a concorrência para os sais mais “sotinhos”), recebe oxido de cálcio (cal de parede) que favorece também o aparecimento de pedras nos rins e na vesícula biliar devido à sua origem não-natural. Depois outros aditivos são usados, como: ferrocianato e prussiato amarelo de sódio, fosfato tricálcico de alumínio, silicato aluminado de sódio e agentes antiumectantes diversos, entre eles o óxido de cálcio e o carbonato de cálcio. Obtém-se assim o sal refinado que agrada a dona-de-casa: branco, brilhante, soltinho, rico em antiumectantes, alvejantes, estabilizantes e conservantes, mas sem cerca de 2,5% de seus elementos básicos, que não são exigidos por lei. Entre uma das perdas irreparáveis no refino do sal está o importante magnésio, presente no sal marinho sob a forma de cloreto, bromato, sulfato etc., de origem natural. Sabe-se que a escassez de magnésio no sal refinado favorece também a formação de cálculos, além de arteriosclerose em diversas regiões do organismo quando o cálcio de origem não natural está presente, como é caso do sal industrializado.
O sal marinho tem ganhado espaço nas mesas nos últimos anos e isso não é à toa. Ele é extraído e submetido apenas a uma lavagem leve. Pelo fato de não passar por nenhum processo químico, este sal consegue manter as quantidades ideais de certos nutrientes essenciais ao organismo. Além disso, por conter menos sódio do que o sal refinado, seu sabor é mais leve e agradável. O iodo é encontrado em quantidades ideais no sal marinho. Além disso, ele é mais facilmente assimilado pelo organismo, fornece energia e mantém unhas, cabelos e dentes saudáveis. Se consumido dentro da quantidade indicada e através dos alimentos naturais, o iodo mantém o equilíbrio do hormônio tiroxina e combate alguns problemas na tireoide, como o bócio. O cloreto de sódio é responsável pela produção de ácidos fundamentais na digestão das proteínas, além de ser um importante auxiliar na busca pelo equilíbrio do peso. Também regula a pressão arterial, ajuda no sono, no desenvolvimento do cérebro e na estabilização dos batimentos cardíacos. O íon de magnésio é uma das maiores perdas do sal refinado e que se mantém no sal marinho. Apesar de ser encontrado em abundância nos adultos, ele é escasso em pessoas idosas, e sua carência está associada à sensibilidade precoce e impotência. O magnésio é responsável por estimular o crescimento e desenvolvimento natural das células. Além desses nutrientes, o sal marinho possui uma infinidade de elementos nas quantidades ideais necessárias para o organismo. Alguns deles são: fósforo, ferro, lítio, cobalto, zinco, enxofre, urânio, mercúrio, manganês e outros minerais que ajudam na prevenção de doenças cardíacas, na produção de enzimas e na formação óssea. O sal marinho é, ainda, um importante aliado no combate de algumas doenças, sendo recomendado para quem sofre com problemas cardíacos ou obesidade, por diminuir a retenção de líquidos.
Outros benefícios do sal marinho, também com as medidas reguladas
-Diminui a acidez gástrica;
-Estimula a circulação sanguínea e respiratória;
-Atua como antialérgico;
-Auxilia na cura de feridas;
-Mantém o equilíbrio da tireoide;
-Estimula o funcionamento do sistema nervoso, rins e vias urinárias;
-Regula o excesso de sódio e potássio;
-Ajuda na limpeza de mucosas e congestão nasal;
-Se ingerido com água quente, proporciona um sono mais longo, relaxante e profundo;
-Contribui para a manutenção de eletrólitos do organismo, essenciais no processamento da -comunicação entre as células do cérebro;
-Ajuda no desenvolvimento cerebral de crianças.
Problemas de saúde associados ao sal refinado principalmente em excesso
-Retenção de líquidos
-O sódio, componente do sal refinado, é uma das principais causas desse problema. O fato de sentir-se inchado e a dificuldade de caber nas próprias roupas podem ser sinais da retenção de líquidos, que tem como consequência o surgimento de dores de cabeça.
-Aumento da pressão arterial
-Além da retenção de líquidos, o sódio também é responsável por estimular o sistema nervoso simpático, o que resulta em vasoconstrição e eleva a pressão arterial.
-AVC, infarto e trombose
-Uma das consequências da pressão alta é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), quando a ruptura do vaso sanguíneo se dá pelo enfraquecimento da parede das artérias.
-Além disso, os danos causados no sistema cardiovascular podem levar ao infarto ou trombose.
-Cálculos renais e biliares
-O carbonato de sódio e o óxido de cálcio, adicionados ao sal no processo de clareamento, estão associados ao surgimento de cálculos em animais de laboratório.
-Insuficiência renal e cardíaca
-Os rins são os responsáveis pela filtragem do sangue. Nesse processo são retiradas as substâncias tóxicas que se transformarão na urina.
-Se o consumo de sódio for muito grande, dificulta o trabalho dos rins e eles podem não conseguir realizá-lo. No caso do coração, a vasoconstrição e a retenção de líquidos podem resultar na insuficiência.
-Ganho de peso
-As funções renais e digestivas são influenciadas pelo excesso sal, o que pode resultar no aumento do peso.
-Envelhecimento precoce
-O excesso de sódio provoca, também, a desidratação celular. O metabolismo da célula fica mais lento e, consequentemente, ela morre. Esse processo acelera o envelhecimento.
-Alguns alimentos muito consumidos, como carne, peixe, feijão, arroz, ovo, massas, já possuem sal antes do seu cozimento, porém um sal pobre em iodo. A falta de iodo provoca cansaço, aumento de colesterol e insônia.
-Vale lembrar que o excesso de consumo de qualquer um dos sais, marinho ou refinado, implica em um alto índice de iodo no organismo, o que pode ocasionar o aparecimento doenças da tireoide, como tumores e nódulos.
-Se quiser algumas dicas de temperos que podem ser uma alternativa para o consumo de sal.