FRUTA BRASILEIRA - ARAÇÁ-VERMELHO (PSIDIUM CATTLEIANUM)


Psidium cattleianum

Araçá-vermelho ou simplesmente araçá. Está na lista de espécies ameaçadas do estado de São Paulo, no Brasil. Pequena árvore não pioneira, com altura máxima de 9 metros e copa rala. Perenifólia, vive em ambientes úmidos e iluminados, não sendo encontrada no interior da mata primária. Os frutos amadurecem de setembro a março. Os frutos são bagas arredondadas, verdes ou amarelados (há variedades vermelhas), coroados pelo cálice persistente, de polpa suculenta esbranquiçada, semelhante a uma goiaba pequena e de sabor mais azedo. As sementes são dispersadas por animais, principalmente pássaros. É encontrada na Mata Atlântica, em especial na floresta ombrófila densa e de restinga (como, por exemplo, no município de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo). É bastante cultivada em pomares domésticos, principalmente na Região Sul do Brasil. Araçá-vermelho: forma típica da espécie, árvore de porte médio e frutos com menos de 20 gramas; Os frutos que podem chegar a 40 gramas, rico em vitamina C.

PARENTUCELLIA LATIFOLIA E DRYNARIA QUERCIFOLIA

Parentucellia latifolia (Parasita)

É uma espécie de angiospermas da família broomrape. É nativo da Europa, mas pode ser encontrado em outros continentes, incluindo a Austrália, como uma espécie introduzida. Esta é uma erva anual ereta produzindo um tronco rígido e delgado revestido de pelos e glândulas pegajosas. Atinge uma altura máxima de 30 centímetros. As folhas peludas são divididas em lóbulos triangulares ou em forma de lança. A inflorescência é um cacho de flores no final do caule. A flor é tubular, o cálice de sépalas estendendo-se pela metade ao longo da corola de um centímetro de comprimento. A corola é de cor magenta, às vezes com áreas brancas e com dois anexos amarelos na garganta lobada.










Drynaria quercifolia (Epífita)  

É uma samambaia epifítica com um rizoma (caule horizontal) que é espesso e carnudo com muitas escamas, dando-lhe uma aparência de lã. As escamas são marrom-escuras e se estreitam gradualmente até a ponta. Epifítico no tronco da árvore e grandes ramos, o rizoma rasteiro é ancorado no substrato pelas muitas raízes que crescem na superfície ventral. Ninhos de folhas se sobrepõem ao longo do rizoma, ficando marrom com a idade, mas não caindo. Eles cobrem o rizoma e prendem as folhas caídas que podem fornecer nutrientes para a samambaia quando apodrecem. As folhas de folhagem crescem bem além das folhas dos ninhos, tornando-se marrons e destacando-se da nervura principal com a idade, para eventualmente deixar um pedúnculo marrom, feito da nervura e da nervura central da fronde. Esta samambaia cresce como um epífito em floresta de terras baixas, floresta secundária, áreas urbanas e árvores à beira do caminho. 

FRUTA BRASILEIRA - UVA AMAZON (POUROUMA CRISPIFOLIADA)



Pourouma crispifoliada                     
                  
Uva Amazon ou Uvilla, é uma espécie de Pourouma, nativa tropical da América do Sul, no oeste da Bacia Amazônica, no norte da Bolívia, ocidental Brasil , sudeste da Colômbia, leste do Equador , leste Peru e sul da Venezuela. É uma árvore perene de tamanho médio que cresce até 20 m de altura. O fruto é doce e suculento, comido fresco e transformado em compotas. A árvore cresce rapidamente e cresce bem em solos pobres de terras altas. É vulnerável a inundações. A fruta é suscetível a ataques fúngicos e não se mantém bem, o que limita sua viabilidade comercial. Drupas formadas em infrutescências semelhantes aos cachos das uvas, no entanto, são bastante perecíveis após a colheita. A casca possui coloração violeta-escura a roxo-escura, textura fina, consistência membranácea e superfície externa áspera, contudo é rico em pigmentos de antocianinas. a polpa possui textura carnosa-suculenta, porém pouco fibrosa, mas com sabor levemente adocicado e agradável. É rico em carboidratos, fibras e minerais como cálcio, fósforo e potássio. Costumeiramente os frutos são consumidos forma in natura, logo após a coleta, no entanto, apresenta potencial para preparação de doces, frutas em caldas e desidratadas, geleias, sucos e bebidas fermentadas. A maturação dos frutos nos cachos ocorre 4 meses após a polinização.




UMA SAMAMBAIA DIFERENTE DA FLORESTA TROPICAL.

Huperzia phlegmaria

Comumente conhecida como samambaia de borla grossa, é uma espécie epífita de samambaia borla nativa de florestas tropicais em Madagascar, algumas ilhas no Oceano Índico, Ásia, Australásia e muitas Ilhas do Pacífico. Huperzia é comumente encontrada em florestas úmidas e florestas tropicais em altas altitudes, em árvores cobertas de musgo e rochas nas terras baixas para as florestas mais baixas. Prefere sombra brilhante para um bom crescimento, evite expor a pleno sol. Não tolera solo normal, use meios sem solo bem drenados, bem arejados, mas que retêm umidade, como uma mistura de fibra de coco, carvão e musgo esfagno. Gosta de alta umidade, resiste a um pouco de secura, mas não prolonga a seca. Fornecer boa circulação de ar para minimizar o ataque de pragas. 

FRUTA AUSTRALIANA - AMEIXA-DA-AUSTRÁLIA (DAVIDSONIA)


Davidsonia 

Espécie exótica nativa da Austrália de onde é endêmica. A planta cresce moderadamente, mais é bem resistente a secas e a geadas, começa a produzir com 5 a 6 anos a depender do clima e altitude. A Davidson é razoavelmente bem conhecida no cultivo, particularmente entre os entusiastas da planta australiana. Geralmente é uma árvore pequena a média que pode atingir 10 metros sob condições ideais. Tem folhagem distinta, peluda, que geralmente é rosa brilhante quando nova. As folhas são divididas em folhetos (pinadas) e podem ter até 800 mm de comprimento. Ao contrário do que possa parecer, a ameixa-da-austrália não possui qualquer parentesco com a ameixa-européia (Prunus domestica). A semelhança muito acentuada entre os dois frutos pode ser atribuída a uma mera coincidência, ou quem sabe à convergência adaptativa. O fato é que D. pruriens pertence à família Cunoniaceae, de distribuição pantropical mas com apenas dois gêneros nativos do Brasil (Lamanonia e Weinmannia), ambos sem importância horticultural. O sabor ácido mas sem nenhuma adstringência, embora não a promova como fruta de mesa, em muito a qualifica como ingrediente nobre para o preparo de doces, geléias e chutneys. Em seu país de origem já existem plantações comerciais e processamento industrial, visando o mercado de alta gastronomia.

FRUTA CUBANA - MAMEY SAPOTA (POUPERIA SAPOTA).

Pouteria sapota  

O mamey sapote, é uma espécie de árvore nativa de Cuba e da América Central, variando naturalmente do sul de Cuba ao sul da Costa Rica, além do México. Mamey pode ser encontrado em muitas comunidades latino-americanas nos EUA, onde é feito em milkshakes e sorvetes, entre outras coisas. Alguns de seus nomes em países da América Latina, como o mamey colorado
(Cuba ), o zapote colorado ( Costa Rica) e o zapote rojo (América do Sul ), referem-se à cor avermelhada de sua carne para distingui-la do não relacionado, mas semelhante aparência Mammea americana, cujo fruto é geralmente chamado de "mamey amarelo". A fruta é uma excelente fonte de vitamina B6 e vitamina C , e é uma boa fonte de riboflavina , niacina , vitamina E , manganês , potássio e fibra alimentar . Pesquisas identificaram vários novos carotenóides da fruta madura.





AS FORMIGAS CORTADEIRAS TRABALHAM EM DIFERENTES FUNÇÕES.

Formiga-cortadeira (Atta), hymenóptero 



Insetos sociais encontrados exclusivamente nas regiões tropicais e subtropicais das Américas. Estas extraordinárias formigas desenvolveram um avançado sistema agrícola baseado num mutualismo: elas se alimentam de um fungo específico (Lepiotaceae, Basidiomycota), que cresce nas câmaras subterrâneas de seus ninhos. As formigas cultivam ativamente seu fungo, fornecendo fragmentos vegetais frescos e controlando organismos indesejados, como outros tipos de fungos (competidores). Segundo alguns autores, quando as formigas trazem acidentalmente folhas tóxicas ao fungo mutualista, este secreta uma substância química que serve de aviso para quê as formigas não coletem mais este vegetal.
No Brasil, as formigas do gênero Atta são conhecidas popularmente como saúvas. Dependendo da espécie, a população de um ninho adulto pode conter até vários milhões de formigas (exemplos: Atta laevigata, Atta texana, Atta sexdens), sendo que a maioria destas são operárias fêmeas estéreis. Elas são divididas em diferentes castas, principalmente pelo tamanho, exercendo diferentes funções. As maiores operárias, cuja principal tarefa é defender o ninho de invasores, mas podem participar de outras tarefas como carregar ou cortar objetos maiores. Em Atta laevigata, os maiores soldados podem ter um comprimento corporal de até 16 mm e largura de cabeça de 7 mm! Operárias com largura de cabeça em torno de 2 mm são as forrageiras, que cortam as folhas e levam-nas até o ninho. Um pouco menores são as operárias generalistas, que realizam diversas tarefas como limpar e preparar os fragmentos vegetais para o cultivo do fungo, cuidar das larvas, limpar a colônia, e, junto com as forrageiras, ajudar os soldados na defesa da colônia. As menores operárias, são as jardineiras, que implantam e cuidam da cultura de fungo.

Os ninhos adultos de Atta são verdadeiras maravilhas de engenharia, com centenas ou milhares de câmaras subterrâneas distribuídas em até, por exemplo, 6 ou 8 metros de profundidade (depende da espécie de formiga e do solo). Externamente, o monte principal de terra pode ter até 2 metros de altura e os montes secundários (menores) podem estar espalhados a vários metros do principal. Alguns autores sugerem que a arquitetura interna e externa do ninho é construído de tal forma que o vento entre na colônia, com a finalidade de quê o gás carbônico gerado pela respiração das formigas e do fungo, seja dispersado; bem como para repor o oxigênio consumido. O crescimento do fungo mutualista seria influenciado pela concentração destes gases.

As colônias de formigas cortadeiras, assim como as cidades humanas, produzem grandes quantidades de lixo. Para prevenir que doenças (das formigas) ou pragas da cultura do fungo mutualista, se espalhem pela colônia, as formigas desenvolveram um dos mais avançados sistemas de manejo de lixo da natureza. Rejeitos do cultivo do fungo e indivíduos mortos são separados e carregados por operárias especializadas (só fazem estas tarefas). Estes rejeitos são depositados em câmaras específicas para lixo, aonde vivem operárias especializadas em revirar estes rejeitos (provavelmente para acelerar a decomposição). Desta forma, a especialização de operárias no manejo de lixo e o isolamento do lixo em câmaras especializadas, servem para manter a colônia saudável. Na espécie Atta colombica, diferentemente das demais, o lixo é depositado em pilhas externas (ao ar livre), a alguns metros da colônia.




Formigas operárias cortando folhas para levar aos seus ninhos.