A ÁRVORE PIMENTA DO SERRADO QUE REPRODUZ VÁRIAS ÉPOCAS DO ANO.


Pimenta-de-macaco (Xylopia aromática)

Distribui-se da Venezuela e Suriname até o estado do Paraná, dispersando-se por todas as unidades federativas das regiões Norte e Centro-Oeste e por uma parte dos estados das regiões Sudeste e Nordeste. Ocorre em toda a área de abrangência do Cerrado, em cerrados densos, cerradões, florestas perenifólias, florestas subcaducifólias e margens de florestas ribeirinhas, principalmente em locais perturbados. Árvore de pequeno a médio porte, a Pimenta de Macaco produz grande quantidade de frutos que se forem moídos, podem ser utilizados como substituto a Pimenta do Reino. Estes também possui muitas propriedades medicinais.

Reproduz em várias épocas do ano, com a maioria dos indivíduos florescendo entre julho e janeiro e apresentando frutos maduros entre fevereiro e junho e em agosto e setembro. As flores são protogínicas e polinizadas por tripes e besouros. As sementes são dispersas por pássaros.
A madeira é eventualmente utilizada em construção de cercados, como lenha e em confecção de caixotes, cabos de ferramentas, plataformas de tamanco e formas para calçados. A entrecasca é usada como amarrilho. As folhas são empregadas na fitoterapia popular, como diurético e anti-inflamatório. Estas e a casca interna, contêm um óleo essencial que apresenta atividade bactericida e fungicida. Os frutos, ricos nesse tipo de óleo e em piperina, são usados como vermífugo, febrífugo, tonificante e contra flatulência e hemorroidas. Porém, o uso mais frequente dos frutos é como sucedâneo da pimenta-do-reino, por possuírem sabor e aroma idênticos aos dessa especiaria de origem asiática. Na natureza os frutos são consumidos por primatas e as sementes são apanhadas por diversas espécies de aves, por causa do arilo.

As sementes de X. aromatica possuem dormência morfofisiológica (causada por imaturidade do embrião e presença de substâncias inibidoras de germinação) e por isso demoram para germinar e apresentam baixas taxas de germinação. Vários estudiosos testaram métodos para superar essa dormência. O método que apresentou melhores resultados foi o testado por Socolowski & Cícero (2003), que consistiu em remover o arilo e a sarcotesta das sementes, deixá-las imersas por 48 horas em solução de ácido giberélico nas concentrações de 250 ou 500mg.L-1 e depois colocá-las para germinar em areia. O desenvolvimento das plântulas tem sido referido como lento a moderado.
X. aromatica apresenta ampla dispersão no Cerrado, possui populações em muitas unidades de conservação de proteção integral nesse bioma e se por um lado habita ambientes preferencias para atividades agropastoris, por outro lado é uma espécie que prolifera em áreas alteradas.




O RIO TIETÊ NO ESTADO DE SÃO PAULO SOFRE SÉRIOS DANOS DE POLUIÇÃO.

A estiagem revela a sujeira jogada no Rio Tietê, incluindo a poluição.

Nos interiores de São Paulo a situação provocada pela estiagem num dos rios mais importantes do estado, revelando sujeiras e transformada em grave poluição.
Seria até bonito de ver se toda a espuma branca se não fosse sinal de poluição. Nos últimos dias, ela tomou conta de parte do Rio Tietê no interior de São Paulo. Vem da concentração de todos os poluentes, detergentes, sabão, saponáceos. Toneladas destes produtos que são usados por mais de 20 milhões de habitantes na região metropolitana dão neste resultado. No período do inverno, a espuma demora mais para se dissipar. Em Cabreúva, não dá nem para ver a cor da água. Além da espuma, a estiagem revela também a sujeira jogada no Tietê. Todos os dias são despejadas na região metropolitana de São Paulo 480 toneladas de esgoto, resíduos e lixo. E tudo isso desce em direção ao interior paulista. Nas margens, há milhares de garrafas plásticas acumuladas. Na época da chuva, a água do Tietê chega bem perto de um mirante. Agora, com a seca, o lugar serve para observar como a falta de chuva mudou completamente a paisagem. As pedras voltaram a aparecer, uma cena que não era vista desde 2014, ano de uma das maiores estiagens da história no estado de São Paulo. O nível do Tietê já baixou quatro metros em Salto e, com a estiagem, a qualidade da água ficou ainda pior. Segundo levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica, no trecho entre Cabreúva e Salto, onde o índice que era regular e ruim, agora está péssimo. A água não tem oxigênio e o rio está morto, esperando a chuva voltar.







UM INSETO QUE PEGA SUAS PRESAS EM PLENO VOO.

Deleproctophylla dusmeti, é um inseto da família dos falcões-borboleta.


Pertencente à planta de rede de ordem neuroptera, da família ascalaphidae. Estes ascaláfidos tem um voo rápido e inquieto, eles são caçadores formidáveis que pegam suas presas em voo, depois de perseguir -los de seus poleiros na vegetação. Os machos têm longas cercas em forma de garras no final do abdômen. As larvas vivem entre a liteira ou sob as pedras, e às vezes camuflam o corpo com vários resíduos. É uma espécie restrita no sudoeste da Europa.

OS FILHOTES DO BONGO

Bongo


O Bongo é um antílope herbívoro que habita o território africano, principalmente nas regiões de florestas tropicais com vegetação rasteira. O macho acasala com uma única fêmea. O período de gestação é de 282 a 287 dias. Os filhotes são deixados sozinhos após o nascimento, permanecendo no solo, para evitar o ataque de predadores. A mãe retorna para se relacionar com a cria para tratá-la após este período. O bongo atinge a maturidade sexual entre os 20 e 30 meses de idade.

MEDUSA-DA-LUA (AURELIA AURITA)

Aurelia aurita

A medusa-da-lua é uma alforreca (ou água-viva) comum em todos os oceanos do planeta, principalmente em águas costeiras. Pode ser encontrada tanto em água salobra, como perto de recifes oceânicos. O seu intervalo de temperaturas ótimas é de 9 ºC a 19 ºC, mas aguenta temperaturas entre -6 ºC e 31 ºC. A época reprodutiva da Aurelia aurita, que é uma espécie arcaica, ocorre normalmente na primavera e verão. Os ovos do saco, depois de fecundados, desenvolvem-se em sacos cheios de ovos formados por bregas dos braços orais. O zigoto transforma-se numa larva plânula, igualmente de vida livre que, quando encontra um substrato adequado, se fixa e se transforma num "cifístoma", uma larva polipoide, cuja única função é produzir éfiras. Para isso, o pólipo se divide transversalmente em vários discos que, ao libertarem-se, adquirem vida livre, na forma de éfiras. Este processo de reprodução assexuada denomina-se estrobilação. As éfiras, ao crescerem, vão transformar-se em medusas que, ao atingirem o tamanho e complexidade adequadas, se diferenciam sexualmente em machos e fêmeas, passando a poder produzir seus gametas. A Aurelia é planctonófaga, consumindo moluscos, crustáceos, larvas de tunicados, copépodes, rotíferos, nemátodos, jovens poliquetas, protozoários, diatomáceas e ovos de organismos aquáticos. Também já foram observadas comendo pequenas hidromedusas e ctenóforos. Estes organismos são presos no muco existente na superfície da Aurelia e são depois passados para a região bucal por ação cílio/cilia. As partículas de alimento são deglutidas e seguem por oito canais separados, que são característicos desta espécie, para serem aí digeridos. No caso de uma invasão de medusas, a sua acumulação pode significativamente afetar a teia alimentar e diminuir os recursos naturais. Por outro lado, as medusas representam um importante elo na transformação da matéria orgânica pelágica.

O ARBUSTO POLVO-DO-MATO NATIVO DA ÁSIA TROPICAL.


Foertherianum heliotropium 

É uma espécie de plantas de floração família, Boraginaceae. É nativa da Ásia tropical, incluindo o sul da China, Madagascar, norte da Austrália e a maioria dos atóis e ilhas altas da Micronésia e Polinésia. Os nomes comuns incluem  heliotrope árvore, veloutier e arbusto polvo. É um arbusto ou pequena árvore típica de zonas litorais atingindo uma altura de 3,6 m (12 pés), com uma extensão de cerca de 5 m (16 pés).
 Crescendo em solos rochosos ou arenosos, plantas de Heliotropium foertherianum são encontradas apenas em uma estreita faixa de vegetação oceânica; é, portanto, denominado “planta de filamentos”. É uma introdução moderna para as ilhas havaianas, onde é comumente chamado de kiden.
As pequenas flores brancas são carregadas em aglomerados sedosos e ramificados de espigas próximas às extremidades dos ramos (daí o nome comum, polvo-do-mato). Os pequenos frutos verdes, que parecem pequenas ervilhas pontiagudas, tornam-se castanhos quando maduros e dividem-se em quatro partes.




A SERIEMA É UMA AVE COMUM EM CERRADOS E SEU CANTO PODE SER OUVIDO A UM QUILÔMETRO DE DISTANCIA.

Cariama cristata 

A Seriema é uma ave predadora terrestre, incluída antes na ordem "Gruiformes" mas cada vez mais colocada em uma ordem distinta - Cariamiformes (juntamente com três famílias extintas). A Seriema (Cariama cristata) habita desde o Uruguai e os campos do sul do Brasil até o Cerrado, o Pantanal e o sul da Amazônia e atinge também o norte da Argentina. A sua área de ocorrência é estimada em 5,9 milhões de km². A espécie está ausente da Mata Atlântica e das terras altas do planalto ao longo do litoral do Brasil.
Muitas características são compartilhadas com a Chunga burmeisteri, o único outro membro vivo da família. O canto é descrito como "um cruzamento entre o latido "serrilhado" de um cão jovem e o cacarejar de perus". Na parte mais alta da música, a ave dobra o pescoço, de modo que a cabeça toca as costas. Ambos os membros de um par, assim como os jovens até a idade de duas semanas, cantam. Por vezes, um membro da família começa uma música apenas quando um outro termina, ou cantam dois ao mesmo tempo. A canção pode ser ouvida por vários quilômetros de distância. No Parque Nacional das Emas, em 1981-1982, os observadores ouviam frequentemente quatro Seriemas (Cariama cristata) ou um grupo cantando ao mesmo tempo.

Seu canto é marcante, podendo ser ouvido a mais de 1 quilômetro. Seus gritos, seja de uma ave solitária, seja de um casal em dueto, são altos e longos. Parecem longas risadas, as quais vão acelerando-se e aumentando de tom à medida que a ave repete o canto. Pode permanecer gritando por vários minutos a fio.
Sua alimentação é semelhante à de um gavião, comendo desde insetos até pequenos vertebrados. Mata as presas com o bico, uma vez que os dedos são relativamente pequenos e sem garras. Uma presa maior é desmembrada, pisando sobre ela e retirando pedaços com o bico poderoso. Graças ao hábito de comer cobras, é protegida pelos fazendeiros e sitiantes. Pode ficar acostumada à presença humana e frequentar os jardins das casas. Fazem ainda parte de sua dieta vermes, roedores, insetos, ovos de outras espécies e pequenos répteis.

Faz ninho desde a pouca altura do chão até a 4 ou 5 metros do solo; a árvore tende ser tal que permita a ascensão da ave, em saltos auxiliados por curtas esvoaçadas, até o ninho. Utiliza gravetos e galhos frágeis, forrando-o com estrume de gado, barro ou folhas secas. Põe 2 ovos branco-rosados, manchados de castanho. O casal alterna-se para chocar os ovos, período que dura entre 24 e 30 dias. O filhote nasce com uma penugem amarronzada, fina e longa na cabeça. Depois de duas semanas, abandona o ninho com os pais, levando cerca de 4 a 5 meses para adquirir a plumagem de adulto.

Comum em cerrados, campos sujos e pastagens, sendo beneficiada pelo desmatamento. Anda pelo chão, aos pares ou em pequenos bandos. Se perseguida, foge correndo, deixando para voar somente se muito pressionada, chegando a atingir velocidades superiores a 50 km/h antes de levantar voo. Cansada, voa pequenos trechos antes de pousar e voltar a correr. Vive aos casais, sendo mais facilmente escutada do que observada. De hábitos terrestres, empoleira-se no alto de árvores para dormir. Ao voar, destacam-se as faixas claras e escuras de asas e cauda.



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