Jequitibá-branco (Cariniana estrellensis)
Descrita em 1820 por Raddi como Couratari estrellensis, a espécie foi renomeada na revisão de gêneros botânicos de Kuntze em 1898.
Altura até 45 m, tronco com até 120 cm de diâmetro. Há no Rio de Janeiro um exemplar de Cariniana estrellensis com 60 m de altura e mais de 6 m de diâmetro (DAP), ou seja com aproxidamente 18,9 m de comprimento de circunferência.
As flores, pequenas, perfumadas, que surgem de outubro a dezembro, são de cor creme, e formam racemos axilares. O fruto é um pixídio elíptico, cuja abertura espontânea, de julho a setembro, libera as sementes de dispersão eólia. Um quilograma contém cerca de 12 mil sementes, que germinam em ambiente semi-sombreado, emergindo o broto entre 12 e 25 dias. É importante para distinguir Cariniana estrellensis de outras espécies de Jequitibás, pois esta tem a margem de abertura do pixídio asserrilhada, ou seja, com dentículos que a fazem irregular.
Sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, na Mata Atlântica (floresta ombrófila densa), no Acre e nas matas de galeria do Brasil Central (Goiás e Minas Gerais).
A madeira, leve, é usada na construção civil apenas em obras internas, pois é pouco resistente ao tempo. Ornamental e de porte monumental, pode ser usada no paisagismo de parques, praças e áreas rurais. Indispensável na revegetação de áreas desmatadas.
Semidecídua, heliófita ou de luz difusa, seletiva higrófita, característica da mata clímax.